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Notícias / Educação

Lula espera arrecadação maior para suspender corte no Orçamento

G1

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (1º), em São Bernardo do Campo, no ABC, que o corte no orçamento para a educação é parte do esforço geral de seu governo para manter as contas em dia no início do ano e sinalizou que pode ser revertido caso haja recuperação da arrecadação nos próximos sete meses. No total, o Executivo está reduzindo despesas no valor de R$ 7,5 bilhões. O decreto foi publicado na segunda-feira (31) no Diário Oficial da União.

"Não foi apenas na educação. Nós cortamos R$ 10 bilhões no Orçamento. Isso não implica que haja redução de nenhum centavo de investimento na educação porque temos ainda sete meses pela frente ate vencer o ano. Nós trabalhamos com a possibilidade de que vai melhorar a arrecadação e, melhorando a arrecadação, a gente vai repor a possibilidade de os ministérios gastarem todo o dinheiro que for disponibilizado", disse.

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Educação sofre corte de R$ 1,28 bilhão no orçamento Corte de R$ 10 bilhões no orçamento é 'para valer', diz Mantega "Os ministros sabem que a proposta está sujeita à arrecadação e nós tivemos um começo de ano muito ruim, que fez com que nos levasse a fazer um corte de R$ 10 bilhões. O ministro da Fazenda queria um corte maior. É muito, mas disse que eu não brinco com a economia brasileira. Chegamos aonde chegamos com muita seriedade."

Lula voltou a afirmar que as eleições não vão mudar a política fiscal do governo. "Controlar a inflação é nossa obrigação moral e ética porque quem perde com a inflação alta são os trabalhadores que vivem de salário. Manter a estabilidade e a política fiscal é nosso compromisso. Se alguém imagina que porque tem eleição nós vamos brincar com a economia, pode tirar o cavalo da chuva."

Crise europeia
O presidente afirmou que, em 2009, o Brasil reduziu tributos para reativar a economia e deu certo. "Agora vamos ver. Estamos tranquilos com a situação econômica do país. Obviamente estamos com olho na crise europeia. Ela é muito grave. Eles estão demorando para tomar decisões. Vamos pedir a Deus que eles decidam logo porque nós precisamos de tranquilidade. Queremos que a Europa volte a consumir, porque a Europa é um grande importador de produtos brasileiros."
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