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Yeda impõe condições ao PP para escolha do vice na chapa

Terra

A aliança entre PSDB e PP no Rio Grande do Sul em torno da tentativa de reeleição da governadora Yeda Crusius (PSDB) continua a apresentar dificuldades. O diretório estadual do PP marcou para a segunda-feira (07) reunião na qual deverá escolher o vice da chapa. Na quarta-feira, no entanto, a governadora declarou que o candidato a vice será um progressista que faça parte do secretariado ou que já tenha passado pelo primeiro escalão do governo. Até o momento, nenhum dos atuais quatro inscritos - o deputado federal Vilson Covatti e os vereadores Eduardo Maluf, de Pelotas, Élio do Amaral, de Cruz Alta, e Jordão Oliveira, de Entre-Ijuís - preenche os requisitos.

Na segunda-feira, durante evento na sede do PSDB, a governadora já havia dito que a última palavra sobre o vice será sua. A justificativa do PSDB é que Yeda está traumatizada com o atual vice-governador, Paulo Afonso Feijó (DEM). Ela e Feijó acumulam desentendimentos desde a época da campanha, o vice foi autor de parte das denúncias de corrupção envolvendo o governo e hoje os dois são adversários declarados.

Para os progressistas, ficou claro que Yeda não quer como companheiro de chapa o deputado Vilson Covatti, que há meses se autointitula como o escolhido. Internamente, Covatti também não é unanimidade. Tanto que até o dia 31 de maio, quando se encerrou o prazo para inscrição daqueles que pleiteiam a vaga, outros progressistas eram pressionados para colocar seu nome na lista.

De acordo com o presidente do PP gaúcho, Pedro Bertolucci, a governadora sugere que, aos quatro nomes da lista, sejam adicionados pelo menos outros três. Seriam eles, os ex-secretários Otomar Vivian e João Carlos Machado e o do ex-ministro Francisco Turra. Bertolucci admite rever o processo e nesta quinta-feira (03) começou a contatar os integrantes do diretório para avaliações. "Poderemos, quem sabe, deixar uma lista de nomes para que ela então escolha, mas isso vai precisar passar pela reunião do diretório, porque é uma alteração dos critérios", adiantou.

A alteração promete dividir novamente os progressistas. Entre alguns dos integrantes do diretório a avaliação é de que, se o processo aprovado não for respeitado, os que se inscreveram serão "rifados" publicamente. Outra possibilidade que começa a ser estudada é de que os quatro inscritos ou o vencedor da eleição interna proponham um novo processo concordando em negociar em favor de outro nome, de consenso.
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