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Tucanos querem que MP investigue "estrutura de espionagem"

ABr

O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) informou que seu partido ingressa ainda hoje (8) com um pedido de investigação do Ministério Público (MP) sobre o que os tucanos chamam de “estrutura de espionagem” que estaria sendo montada por integrantes da campanha petista. Segundo Fruet, a ação será um complemento ao pedido apresentado na semana passada pelo PPS, com o objetivo de colocar um “freio” na elaboração de dossiês para serem usados na campanha eleitoral.

“Não tem ninguém ingênuo nessa história toda. Há pessoas envolvidas que sempre trabalharam à margem da lei, e nosso objetivo é botar um freio nisso. Havia uma estrutura que estava sendo montada para espionar, e queremos o Ministério Público investigando isso”, disse o deputado.

Fruet referia-se a um encontro ocorrido no dia 20 de abril no restaurante Fritz, em Brasília, entre o delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo Sousa, o jornalista Luiz Lanzetta, contratado para prestar serviços à campanha da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, o jornalista Amaury Ribeiro Júnior, Idalberto Matias de Araújo, um sargento da reserva e ex-agente do serviço secreto da Aeronáutica conhecido como Dada, além do empresário Benedito Oliveira Neto.

De acordo com entrevista do delegado Onézimo Souza à revista Veja, a conversa teve o objetivo de acertar um esquema de espionagem ao pré-candidato tucano à Presidência da República, José Serra.

Lanzeta disse hoje (8) à Agência Brasil que, no encontro, apenas ouviu uma proposta do delegado sobre espionagem, levantou-se e foi embora.

“Não sei como pode. Eu ouvi a proposta e depois levantei e fui embora. Não entendo como, a partir daí, isso virou um caos na minha vida. Virei alvo de investigação de uma revista e de um jornal [O Estado de S. Paulo]. Eu não fiz nada”, afirmou o jornalista, cuja empresa de prestação de serviços, Lanza Comunicação, rompeu o contrato com a campanha petista no fim da semana passada.

Fruet disse que o tom da representação de hoje tem caráter preventivo. “Se aparecer algum dossiê no futuro, quando a campanha já tiver começado, nós já teríamos avisado”, disse o deputado.

“Alguém tem que avisar ao Fruet que ele está atrasado. Já tem investigação do Ministério Público sobre isso”, reagiu Lanzzeta, ao saber da representação.
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