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Sarney pressiona PT e Lula por apoio a Roseana no Maranhão

Terra

A dois dias do encontro do diretório nacional do PT, o senador José Sarney (PMDB-AP) continua a exercer pressão sobre a cúpula petista para garantir o apoio à candidatura de sua filha, a governadora Roseana Sarney.

Nesta quarta-feira (9), em Brasília, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, avaliou o abismo entres os militantes do Maranhão e relatou que recebe telefonemas de Sarney e Roseana, cobrando a dissolução da aliança com Flávio Dino (PCdoB). "Eles estão ligando, falam comigo e com Lula. Mas, do outro lado, eu converso também com Renato Rabello (presidente do PCdoB). O problema é que não existe uma convivência entre os dois lados do PT".

Segundo Dutra, há três soluções postas: homologar a resolução do encontro estadual, de apoio a Dino; mudar e apoiar Roseana; e "nem uma, nem outra". "Se não chegar a consenso, vai a votação". O diretório tem 83 membros.

Sarney e Dilma se encontraram na tarde desta quarta na cerimônia de entrega do programa do PMDB para a campanha à presidência. Permaneceram numa sala reservada do hotel Brasília Imperial, com a presença de Michel Temer, o vice na chapa, Antonio Palocci, José Eduardo Cardozo, Cândido Vaccarezza, Aloizio Mercadante e o presidente do PT, além de outras lideranças peemedebistas.

Líder dos militantes refratários à dobradinha com a família Sarney, o deputado federal Domingos Dutra (PT) ameaça fazer uma greve de fome contra o possível recuo do partido. O presidente Lula já transmitiu às lideranças petistas que deseja a aliança com Roseana.

Outros nós
José Eduardo Dutra afirma que Pará e Paraná são os dois outros nós estaduais de Dilma. "Estamos trabalhando para trazer o Jader (Barbalho) para o palanque de Ana Júlia (Carepa)", conta. Quanto ao Mato Grosso do Sul, onde o PMDB migra para a campanha de José Serra (PSDB), ele diz: "O que não tem solução, solucionado está".
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