Depois de semanas de negociações e uma vaga possibilidade de aliança com PT e PMDB em Minas, o PR decidiu liberar sua bancada de deputados e pré-candidatos para apoiarem o PSDB no Estado. Em nota emitida na tarde desta quarta-feira (9), o presidente regional da sigla, Clésio Andrade, retirou formalmente sua candidatura ao Senado e vai levar uma proposta única à convenção nacional do partido, no dia 27 de junho: manter o apoio à candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff à Presidência.

A nota, assinada por Andrade, além de autorizar a coligação proporcional para deputado federal com os tucanos, permite que os parlamentares da sigla apoiem o pré-candidato a governador Antonio Anastasia (PSDB). De acordo com dirigentes do PR, a decisão foi tomada após reunião em Brasília onde os deputados mineiros se mostraram interessados em seguir este caminho.

Com esta decisão, a chapa em torno da candidatura do senador Hélio Costa (PMDB) perde um aliado considerado estratégico, principalmente pelo tempo na TV - cerca de dois minutos e meio. Além do PR, a coligação deve perder o apoio do PSB em Minas. Para o presidente estadual do PMDB, Antonio Andrade, ainda é possível conversar e reverter a decisão, mas ponderou que é preciso ter "paciência". "Se eles querem ficar lá, vão ficar do lado que vai perder. Claro que gostaríamos de tê-los conosco, seria muito importante", afirmou.

O presidente do PT mineiro, Reginaldo Lopes, também lamentou a postura tomada pelo, até então, aliado. "É um prejuízo para a campanha majoritária em Minas, mas eu entendo que cabe ao PMDB, que é o cabeça de chapa, tentar o entendimento, e não ao PT", disse.