O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou nesta quarta-feira que o plano de carreira para servidores terá impacto de 8,7% no orçamento da Casa, que é de R$ 3,1 bilhões. "Não estamos aumentando salários, estamos fazendo plano de carreira como feito pelo Executivo, pelo Legislativo, pelo Judiciário. Estamos fazendo o que a Câmara fez", disse Sarney. O reajuste para os servidores da Câmara dos Deputados deverá ter impacto anual de R$ 500 milhões.

Questionado se o plano de carreira poderia ser votado antes da reforma administrativa que está sendo analisada pelo Senado, o presidente da Casa disse que "uma coisa não tem nada que ver com a outra". "O plano é circunstancial, a reforma é estrutural, definitiva".

A proposta para os servidores do Senado foi apresentada à Mesa Diretora pelo primeiro-secretário, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), e poderia ser votada em Plenário ainda nesta quarta. Contudo, dois integrantes da Mesa, os senadores Serys Slhessarenko (PT-MT) e Marconi Perillo (PSDB-GO), não assinaram o documento. Por conta disso, uma nova reunião da Mesa poderá ser realizada antes da votação.

"Todo esforço que eu tenho feito é no sentido de reestruturar, fazer com que o Senado tenha uma administração e uma organização extremamente modernas. Acho que isso está sendo feito e vamos chegar a esse objetivo", disse Sarney, quando perguntado se o reajuste poderia prejudicar a imagem da Casa.