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Notícias / Agronegócios

Pesquisadores conferem Integração Lavoura-Pecuária no oeste baiano

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Trabalho realizado por pesquisadores da Embrapa Cerrados, localizada em Planaltina/DF, demonstra que o ciclo da pesquisa agropecuária só é completo quando tem impacto positivo nos sistemas produtivos. A cada três meses, uma equipe da unidade que trabalha com Integração Lavoura-Pecuária (ILP) visita fazendas do oeste da Bahia para avaliar ensaios de milho consorciados com a forrageira brachiaria e monitorar as parcerias entre produtores de grãos e pecuaristas. É a validação do conhecimento gerado nas áreas experimentais da unidade.

A última visita dos pesquisadores Robélio Leandro Marchão e Roberto Guimarães Júnior às regiões baianas de Correntina e Luis Eduardo Magalhães ocorreu entre os dias 12 e 15 de janeiro. Eles acompanham o trabalho iniciado na Fazenda Xanxerê, propriedade de 10 mil hectares, que faz uso da ILP. Outras atividades são colocadas em prática também nas fazendas São Marcos, Eliane e Condomínio Strassburger.

O grupo tem observado a evolução na aplicação de tecnologias agropecuárias na região. Marchão explica que uma parcela significativa das propriedades já utiliza a Brachiaria ruziziensis como planta de cobertura para o plantio direto de milho, soja e algodão. “Em alguns casos o sistema, está evoluindo do plantio direto para um sistema de Integração Lavoura-Pecuária com a presença de animais na área”, comenta.

Os pesquisadores pretendem diversificar as pastagens nos sistemas de ILP do oeste baiano. Após os ajustes nos sistemas de produção, nos quais estão sendo avaliadas as diferentes formas de plantio do capim, assim como doses de herbicidas e população de plantas, a equipe de pesquisa pretende recomendar a inclusão de outras cultivares de forrageiras como a BRS Piatã e a Massai.

Outra atividade de pesquisa realizada no oeste baiano é a avaliação dos híbridos de milho mais produtivos quando consorciados com capim. O processo de estabelecimento de parcerias entre agricultores e pecuaristas também tem sido fonte de aprendizado para a equipe da Embrapa Cerrados.

“Safrinha de boi” - Roberto Guimarães destaca que os agricultores fazem contratos de parceria com pecuaristas para engorda de animais no período de entressafra. A introdução dos animais nos sistemas gera a chamada "safrinha de boi", uma forma de possibilitar ganhos econômicos em área que não teria produtividade entre as safras de grãos. No esquema de parceria, os lucros e os recursos investidos são divididos entre as partes.

“A região não tem precipitação suficiente para realizar duas safras de grãos”, complementa Marchão. A área de pasto formado em consórcio com milho engorda os animais na entressafra e permite uma parceria entre agricultores e pecuaristas em que ambos saem ganhando.

Dia de campo - O Instituto do Programa de Agricultura Sustentável (PAS), vinculado à Associação dos Engenheiros Agrônomos de Luis Eduardo Magalhães (Agrolem) realizará em maio um dia de campo com a participação da Embrapa Cerrados para demonstrar as tecnologias desenvolvidas que serão recomendadas para a região oeste da Bahia. A equipe da Unidade da Embrapa irá abordar assuntos relacionados à ILP.
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