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Curiosidade e amor pela natureza são fundamentais para o geólogo

G1

Quem tem afinidade com matemática, física, biologia e química, e, acima de tudo, gosta da natureza tem perfil para seguir uma das profissões atualmente em ascensão: a de geólogo. O G1 apresenta a arte de investigar a evolução da crosta terrestre no Guia de Carreiras desta terça-feira (15).

Os profissionais que estão na área garantem que ainda há muito espaço no mercado de trabalho e que novos geólogos são bem-vindos. “As faculdades formam entre 30 a 40 por ano, mas a demanda é grande. Não conheço nenhum geólogo desempregado em todos os níveis de experiência”, disse Hugo Cássio Rocha, funcionário do Metrô de São Paulo há 25 anos.

A área da mineração foi por muito tempo o único segmento de atuação, segundo Rocha. No final dos anos 80, a preocupação ecológica criou um novo filão: a área ambiental. A indústria do petróleo também absorve os profissionais. Há também quem invista no desenvolvimento de softwares e ganhe espaço fora do Brasil.

Para ser geólogo é necessário ter muita curiosidade e disposição para se aventurar na natureza. “O geólogo usa o conhecimento do presente para entender o passado. Estudamos a evolução da crosta terrestre e como ela pode ser usada no futuro”, afirma Rocha. É comum eles desenvolverem trabalhos em parceira com engenheiros. “A principal diferença é que a engenharia usa o conhecimento do presente para projetar o futuro.”

Morro Grande

Atualmente, a equipe de geólogos do Metrô estuda a possibilidade de instalar um pátio de uma nova linha em uma pedreira chamada Morro Grande, em Brasilândia, na Zona Norte de São Paulo.

Nesta fase inicial dos trabalhos, os profissionais investigam o local e determinam os pontos onde são feitas as perfurações, também chamadas de sondagens. “Avaliamos fraturas (nas rochas) e qual a melhor área a ser explorada", disse a geóloga Fabricia Massoni.

Se por um lado, a faculdade garante emprego, segundo os profissionais, por outro, o curso exige dedicação e investimento. A graduação tem cinco anos de duração em período integral. E engana-se quem pensa que o estudante de geologia tem os finais de semana livres. As horas vagas também são dedicadas ao estudo em viagens para praticar a teoria em aulas de campo.
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