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PSDB define condições para apoiar candidatos à presidência do Senado
ABr
A bancada do PSDB definiu hoje (28) 12 compromissos que serão cobrados dos candidatos Tião Viana (PT) e José Sarney (PMDB) para decidir qual deles o partido vai apoiar na eleição para a presidência do Senado, na próxima segunda-feira (2).
Entre as propostas, os senadores querem que o futuro presidente da Casa não impeça ou dificulte a criação de CPIs, priorize a reforma tributária e estabeleça um rodízio matemático nas relatorias das medidas provisórias para que as matérias mais importantes não fiquem apenas nas mãos de senadores que apóiam o governo.
Eles também querem que Tião Viana e José Sarney assumam compromissos com as reformas que devem ajudar o país a superar a crise financeira internacional.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, lembrou que os 12 pontos propostos incluem a cobrança para que o novo presidente da Casa trabalhe para reerguer a imagem do Senado e pela independência e defesa da soberania do Parlamento.
Virgílio admitiu que esse é o preço do PSDB para oferecer seus 13 votos a um dos candidatos. “Não estamos cobrando viagens, vantagens ou empregos. Estamos propondo 12 pontos que inclusive cobram absoluta transparência na forma de gerir o Senado.”
O tucano ressaltou ainda a importância dos votos dos senadores do partido e alertou: “Se algum dos candidatos achar que já tem votos suficientes sem o PSDB, pode nos comunicar que votaremos nulo”.
O partido, que tem direito à primeira vice-presidência e à quarta secretaria da Casa, também quer a presidência de duas comissões de relevância, que podem ser a de Assuntos Econômicos e a de Relações Exteriores, disse Virgílio.
Os indicados do partido para assumir os cargos são Marcone Perillo (GO) para a 1ª vice-presidência e Flecha Ribeiro (PA) para a 4ª secretaria. As reuniões com os candidatos à presidência do Senado devem ocorrer ainda na tarde de hoje.