As enchentes de Alagoas, que acumulam 19 mortos, 70 mil desabrigados e mais de 1.000 pessoas desaparecidas, viraram mote eleitoral nos palanques que disputam o Palácio República dos Palmares, sede do Governo do Estado. Em entrevista à rádio Jornal, na manhã desta segunda-feira (21), o senador Fernando Collor (PTB-AL) - candidato a chefia do Executivo - reclamou das ações do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) no combate às chuvas. Em clima de campanha, Collor percorreu cidades do interior destruídas pelas chuvas.

"Não pode achar que só depois de estiar é que se vai fazer alguma coisa, tem que reunir os secretários e criar um grupo executivo para realizar ações efetivas contra as chuvas", disse.

Uma hora depois, a resposta veio do governador. "O momento não é de se fazer política. Neste momento, todo mundo tem soluções, mas o que é necessário é muito trabalho. Temos uma tragédia que Alagoas nunca viu", disse Vilela.

Opositor de Vilela, o líder do PMDB no Senado Renan Calheiros também percorreu cidades no interior e defendeu o chefe do Executivo: "como o governador disse, não é hora de se fazer política".

O prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), pediu união dos caciques políticos. "Não é hora de criticar governo, mas de união", afirmou.