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Dias segue sem definição sobre candidatura no Paraná

Terra

Da reunião para decidir a chapa governista no Paraná, sobram cenários políticos "não-pacíficos" para o pré-candidato ao governo do Estado, o senador Osmar Dias (PDT). Iniciada na manhã desta terça-feira (22), no diretório nacional do PT, em Brasília (DF), a última rodada de conversas teve a presença de líderes do PMDB e PDT. O presidente da Câmara e vice na chapa de Dilma, Michel Temer, participou das negociações, acompanhado pelos peemedebistas Eunício Oliveira e Henrique Eduardo Alves, além do próprio governador do Paraná e também pré-candidato, Orlando Pessuti (PMDB).

Pessuti garantiu que deixaria a cabeça da chapa em favor de Dias. Mas, o pedetista aceita somente uma composição na qual sua vice seja Gleisi Hoffman (PT), a mulher do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Desta forma, ele amarraria o empenho do PT na campanha. A novela recomeça, pois Gleisi insiste em ser candidata ao Senado, e nada de vice.

Às 14h, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), saiu do diretório do PT para encontrar-se com Osmar Dias. Nenhuma fumaça branca. Petistas esperavam uma ligação até às 18h, mas ela não veio. Às 18h18, Dias afirmou, por telefone, ao Terra: "Não saiu a decisão. Caminha para amanhã". Questionado sobre o lado mais favorável, a resposta foi: "Prefiro não arriscar".

Na ceia dos cardeais, chegou-se a cogitar o apoio do pedetista a Beto Richa (PSDB), com a jura de lealdade simultânea à candidatura presidencial de Dilma. Sem guarida, a proposta feneceu antes do almoço. Se Osmar Dias desistir, a chapa governista no Paraná pode ser formada por Pessuti para o governo; Gleisi Hoffman e Roberto Requião (PMDB) para o Senado. "Estava entendida a nossa candidatura ao governo do Paraná, numa aliança com o PT indicando a vice, Gleisi e Requião compondo a chapa de senadores", declarou Pessutti, ao deixar o diretório petista, às 16h.

O presidente Lula e a ex-ministra Dilma costuram, nos bastidores, o samba-enredo do Paraná. Pessuti diz que aceitou rever sua candidatura a pedido da cúpula petista. "Nós apenas atendemos a um apelo do presidente Lula, da ministra Dilma, do PT, do PDT, do PMDB, dos nossos deputados estaduais e federais, no sentido de que discutíssemos a não-candidatura em favor do entendimento amplo, geral, da base aliada. Nós nunca retiramos a candidatura", afirmou o governador.

Numa conversa com Osmar Dias, Pessuti cobrou apoio sem titubeios a sua campanha eleitoral, caso seja o escolhido. Cogita-se uma candidatura independente de Dias ao Senado, outra decisão arriscada.
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