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BA: PT e PCdoB brigam por proporcionais e suplência no Senado

Terra

O presidente estadual do PCdoB, o deputado federal Daniel Almeida, acusou o PT de não dar espaço ao seu partido e aos demais que compõem a aliança para a reeleição do governador Jaques Wagner (PT) - PSB, PDT, PP, PRB e PSL - na definição das alianças proporcionais para a disputa das cadeiras na Assembleia Legislativa e na escolha dos suplentes às vagas do Senado. "Não pode haver decisão apenas a partir da escolha do governador. Tem que dialogar com os partidos", reclamou Daniel Almeida.

Já o presidente do PT, Jonas Paulo, disse que as acusações de Almeida não são verdadeiras. "Só esta semana, fizemos três reuniões. O problema é que temos que manter uma chapa que tenha capilaridade, competitividade e densidade eleitoral", afirmou o petista. Segundo ele, Daniel Almeida, que está interessado nas suplências ao Senado, "procura atirar no que viu para acertar no que não viu", considerou. Segundo ele, o PCdoB apresentou nomes, mas há outros com mais densidade que os apresentados pelos comunistas.

Jonas Paulo chegou a afirmar que, em reuniões passadas, sugeriu ao PCdoB que não apresentasse nomes às suplências ao Senado - em troca, ficaria livre para composições nas proporcionais. "O PT não é o problema nisto tudo. Não temos restrição a nenhum partido da chapa e não pleiteamos as suplências ao Senado", disse Jonas Paulo.

Ele salientou ainda, nas proporcionais, não podem se dar ao luxo de lançar menos de 200 candidatos. "A coligação do PMDB terá 360 candidatos. Tudo bem que nem todos têm expressão, mas todos farão campanha. Não podemos errar nisso", adiantou o presidente do PT baiano. Ele salientou que não repetiria o erro das eleições de 2008 em Salvador, quando o prefeito João Henrique (PMDB) lançou 400 candidatos à Câmara Municipal, e o PT e aliados apenas 140.

Respeito
Em contrapartida, Daniel Almeida afirmou que "o PCdoB quer ser respeitado, levado em conta". Ele disse o governador Jaques Wagner havia sinalizado que comunistas e pedetistas indicariam os suplentes. "Nós não estamos fazendo um pleito, apenas pedindo que se mantenha o critério", salientou Daniel Almeida.

O comunista espera ainda que o PT defina as proporcionais até sexta-feira (25), de forma que sejam evitados desgastes no dia da convenção dos partidos que apoiam Wagner, no dia 27, no Centro de Convenções da Bahia, em Salvador. Ele indicou que o PCdoB deve sair sozinho e lançar 40 nomes para a Assembleia. "Tentamos coligar com o PSB, mas eles não manifestaram interesse", comentou Almeida. Para a Câmara Federal, os partidos farão chapa única, o chapão.
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