O promotor de Justiça Wesley Sanches Lacerda indeferiu o pedido de investigação sobre a reforma do aeroporto de Barra do Garças, cuja obra está suspensa desde abril. O promotor informou aos vereadores autores da denúncia que faltam informações sobre a construção e ainda ressaltou o fato dos parlamentares Odorico Kiko (PT) e Miguel Moreira (PTB) serem da oposição do prefeito Wanderlei Farias (PR).
 
A resposta do promotor irritou Kiko e classifico-a de no mínimo “mal criada” diante da gravidade do assunto que segundo parlamentar pode resultar na interdição do aeroporto. “Eu acredito que o papel do promotor é apurar os fatos independente de quem esteja propondo ação”, frisou o petista.

O vereador lembrou que anteriormente as denúncias contra Prefeitura estavam sendo averiguadas sem objeção pelo promotor Marcos Brantz. O petista informou que vai encaminhar o relatório dos engenheiros da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Sinfra) assinado pelo engenheiro Adélcio Batista Queiroz, dia 19 de abril, que constatou irregularidades no material utilizado para recapeamento da pista. Em meio à lama asfáltica, foram encontradas pedras e britas soltas que podem causar acidentes com aviões e jatos nas decolagens e aterrissagens.

A reforma da pista está sendo realizada pela Prefeitura de Barra do Garças através de um convênio do governo do Estado, na ordem de R$ 468 mil. A empreiteira que está executando o recapeamento é a TCO Terraplanagem, do empresário Cláudio Maia. O Grupo Especial de Inspeção ao Vôo (Geiv) da Infraero reprovou também o recapeamento numa vistoria realizada dia 26/04.

O Geiv alertou que as pedras e britas podem ser sugadas danificando turbinas de jatos como Citation e Lear Jet que atingem 200 km por hora na aterrissagem. Segundo informações apuradas, o Geiv retornou na quarta-feira (23), mas nem desceu na pista.