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Alvaro Dias já apoiou Lula e teve nome vinculado a dossiê

Terra

Potencial vice de José Serra na corrida presidencial, o senador paranaense Alvaro Dias já teve episódios de conflito com o seu partido, o PSDB. Ele foi expulso da legenda em agosto de 2001, após ter assinado o pedido de instalação na CPI da Corrupção, que apuraria irregularidades na gestão Fernando Henrique Cardoso. Filiado ao PDT no segundo mandato do governo FHC, chegou a apoiar o então rival à gestão tucana, Luiz Inácio Lula da Silva, no pleito de outubro de 2002.

De volta ao PSDB, Dias se tornou uma das vozes de oposição mais ferrenhas ao governo petista. Em 2008 teve a imagem arranhada por ter um funcionário de seu gabinete envolvido na divulgação de informações de um suposto dossiê elaborado pela Casa Civil e com dados sigilosos e pessoais de FHC e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso.

Na ocasião, o parlamentar admitiu ter recebido as informações confidenciais, mas alegou a prerrogativa constitucional para manter o sigilo de quem as havia repassado a ele. Judicialmente, Alvaro Dias tem contra si um processo por quebra de sigilo funcional no Supremo Tribunal Federal (STF) e acusações de difamação contra o ex-governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB).

Conforme a ONG Transparência Brasil, o eventual vice de José Serra deixou de declarar R$ 6 milhões à Justiça Federal relativos à venda de uma fazenda. A omissão não constitui crime, pois é obrigatória apenas a declaração de bens ao Poder Judiciário. Na época, disse que apenas não quis se expor com a venda da propriedade em Maringá.

No auge do escândalo do nepotismo, que motivou o Supremo a editar uma súmula proibindo a contratação de parentes, teve exonerada uma sobrinha que trabalhava no Senado. No episódio, o senador disse que assim que foi dada a ordem da Suprema Corte pediu que Valéria Dias deixasse duas funções.
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