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Expectativa sobre a vice está chegando ao fim

Do Diário de Pernambuco

Restam poucos dias para o governador Eduardo Campos (PSB) acabar com a expectativa vivida pelo vice-governador João Lyra Neto (PDT). A dúvida sobre a permanência dele ou não na disputa pelo cargo de vice já poderia ter acabado, mas a chuva que causou uma tragédia no estado acabou prologando o clima de desconforto criado na aliança governista a partir das especulações sobre a sua saída.

Envolvido com o trabalho de ajuda aos desabrigados, o governador não teve como se dedicar ao debate político, mas, nos bastidores, aliados dele asseguram que, apesar de a decisão ainda não ter sido tomada, a probabilidade de Lyra ficar é de quase 90%.A avaliação faz sentido. Deixar João Lyra na disputa da vice causaria menos problema para Eduardo. O socialista não precisaria entrar em desgaste com os demais partidos da base.

Além disso, também poderia propor a Lyra um acordo pela permanência dele e, em consequência do acerto, acalmaria os ânimos em Caruaru (Agreste), onde o vice-governador andou se desentendendo com o prefeito do município, José Querioz (PDT), por conta da eleição proporcional.Uma alternativa seria a retirada da Raquel Lyra, filha de João Lyra, da disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa.

Na cidade, além dela, também estão no páreo a vereadora Laura Gomes (PSB) e Douglas Cintra, ex-secretário da Prefeitura de Caruaru, candidato apoiado por Queiroz. O presidente da Câmara Municipal, vereador Rogério Menezes (PT), é outro provável concorrente a deputado estadual.Nas últimas entrevistas sobre o assunto, o governador reafirmou o desejo de anunciar sua decisão num prazo de até 48 horas antes da convenção, marcada para a próxima quarta-feira, no Clube Português do Recife.

Especula-se que ele poderá confirmar seus companheiros de chapa na segunda-feira. O deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB) e o ex-secretários estadual das Cidades Humberto Costa (PT) conversaram com Eduardo e já estão trabalhando como pré-candidatos ao Senado.

João Lyra Neto tem evitado falar da polêmica sobre a sua saída da chapa majoritária. Tem afirmado que, seja qual for a decisão do governador, ele vai acatar.Na hora de definir a questão, também vai pesar o fato de o escolhido ser o nome que dará continuidade ao governo Eduardo. Se reeleito, o governador deve deixar o Palácio do Campo das Princesas no último ano do mandato para concorrer a outro cargo.

Quem ficar na cadeira deixada por ele terá, portanto, quer seguir a cartilha escrita pelo socialista e manter a gestão nos moldes deixados pelo governador.Agenda - Hoje o governador volta a deixar de lado a agenda política para dedicar-se ao drama dos municípios atingidos pelas chuvas que castigaram o estado no último fim de semana. Logo no início da manhã, Eduardo inicia visitas a 10 cidades pernambucanas - nove na Zona da Mata Sul e uma no Agreste. Inicialmente, esperava-se a presença do governador nas convenções do PHS e do PRB, marcadas para hoje, mas os compromissos ficaram em segundo plano diante da devastação causada pelas chuvas no interior.



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