O ex-presidente Itamar Franco (PPS), que teve sua candidatura ao Senado homologada na tarde deste sábado (27), na convenção estadual do PPS, criticou a Justiça Eleitoral pelo fim da verticalização. "A Justiça Eleitoral transformou os partidos nacionais em mais regionais, quebrou a estrutura nacional dos partidos. Essa legislação é confusa", afirmou.

Com o fim da verticalização as siglas perderam a obrigatoriedade de repetir nos Estados as alianças nacionais, o que vem levando a uniões híbridas em várias regiões do País. "Era muito melhor a justiça ter verticalizado as eleições", reclamou o ex-presidente.

Itamar admitiu que o fim da fidelidade das alianças cria, também, situações como o voto Dilmasia em Minas - Dilma Rousseff, do PT, para presidente e Antonio Anastasia, do PSDB, para o governo do Estado. O candidato disse que esta não será uma eleição fácil para ele e se negou a declarar seu apoio na disputa nacional. Justamente pelo fim das amarras da verticalização, Itamar pode transitar com tranqüilidade por outra candidatura que não a do tucano José Serra.

"Estou pensando só em Minas neste momento", desconversou. Itamar não respondeu sobre a possibilidade de Fernando Pimentel, do PT, ser o seu principal concorrente ao Senado.

"Cristão novo" no PPS - Itamar só se filiou em julho de 2009 - o candidato afirmou que Minas perdeu sua grande oportunidade, se referindo, sem citar nomes, à exclusão do ex-governador Aécio Neves da disputa à presidência presidente pelo PSDB.

Casamento duplo
Em seu discurso na convenção do PPS mineiro, Aécio não poupou confetes ao seu antecessor no governo de Minas, Itamar, e a seu candidato a sucessor, Antonio Anastasia. Num momento de exagero chegou a selar o casamento político com os dois mineiros. E com direito à mudança de nome de registro. "A partir de hoje, meu nome é Aécio Anastasia Franco", disse. Em seguida, declarou: "quem quiser votar em mim, vota primeiro em Itamar Franco".