O PP de Santa Catarina homologou, na tarde deste domingo (27), o nome da deputada federal Ângela Amin como a candidata ao governo do Estado e de Esperidião Amin, marido de Ângela, e Hugo Biehl como postulantes ao Senado. Pelo menos dois mil progressistas acompanharam a movimentada convenção, que contou com banda, foguetórios, homenagem à família e até queda de energia elétrica.

O PP definiu o nome de Ângela e aguarda as demais convenções marcadas para a próxima quarta-feira (30) para finalizar a chapa e indicar o vice. A maior possibilidade é a de que o PDT indique o vice da progressista. Caso não feche uma aliança, a legenda deverá lançar o empresário Moacir Thomazzi para o cargo.

O maior líder do PP, o ex-governador Esperidião Amin, foi derrotado nas últimas três campanhas que participou - todas para o PMDB - e, até o início da semana, chegou a declarar que não iria ser o candidato.

De acordo com Ângela Amin, seu programa de governo irá se pautar em temas como educação e atenção à criança. Durante seu pronunciamento, ela agradeceu a família e chegou a citar o principal adversário do partido, o PMDB.

"É um partido que sempre respeitei, apesar das nossas diferenças", disse, sem deixar de mandar um recado aos descontentes com a polêmica aliança firmada com o DEM. "Que eles superem a frustração pelo que ocorreu nos últimos dias".

Ângela Regina Heinzen Amin Helou, 56 anos, nasceu em Indaial, cidade localizada no Vale do Itajaí. Ângela começou a carreira política em 1988 ao se eleger vereadora em Florianópolis com 7.771, um recorde mantido até hoje.

Foi prefeita da capital catarinense por dois mandatos (1997 a 2004) e, em 2006, foi eleita para deputada federal com a maior votação do Estado: 174.511 votos

Esta será a segunda vez que Ângela Amin disputa o governo de Santa Catarina. Em 1994, mesmo conquistando mais um milhão de votos, foi derrotada para o candidato Paulo Afonso Vieira, do PMDB.