Pós-beatnik, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, equilibrava-se entre sua Harley Davidson e um iPhone quando iniciou, involuntariamente, a batalha de Itararé 2.0 em torno vice do candidato à Presidência, José Serra (PSDB). A caminho do Festival de Motos Clássicas de Tiradentes (MG), Jefferson postou no Twitter, na sexta-feira, 25: "O vice será o Alvaro Dias".

(O destino concedeu a Jefferson mais uma adversidade: o comunicado ocorreu durante o jogo Brasil x Portugal, pela Copa do Mundo).

O próprio petebista divulgou o que teria sido o estimulante do primeiro tiro da guerra na base de Serra e do PSDB: um Carménère "mau conselheiro". Informadas pelo microblog sobre a escolha de Dias, lideranças do DEM começaram uma rebelião que motivou a abertura de vinhos mais saborosos nas mesas petistas.

Na esgrima democrata, Rodrigo Maia, Ronaldo Caiado, César Maia e Demóstenes Torres. Do lado do senador paranaense, o mosqueteiro Jefferson, que proclamou, direto da motocicleta: "O DEM é uma merda!!!" (horas depois, apagaria a sentença mal-cheirosa).

De César Maia, uma definição lapidar do sotaque de Alvaro Dias: "Não é paranaense, mas fortemente argentino. Não agrada o nordeste". Agora, como qualquer retrospecto de novela, fragmentos da web-guerrilha que transformou o Twitter num parlamento sem gravata.