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Guerra diz que decisão sobre vice está 'encaminhada' por Serra

G1

Ao deixar Brasília em direção a Pernambuco na manhã desta quarta-feira (30), o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), preferiu manter o mistério em torno da escolha do vice para a chapa do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra.

Ao lado do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), nome escolhido pelo partido para o posto, Guerra disse que a decisão foi "encaminhada" em uma reunião realizada na madrugada desta quarta em São Paulo, da qual participaram Serra, o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM).

“O DEM fez uma reunião em Brasília ontem e depois voou para São Paulo. Para lá, também foi o governador Aécio Neves. O governador Serra me disse, por volta de 2h, que iria sustentar a defesa do nome do senador Alvaro Dias, mas que iria ouvir as ponderações dos aliados", afirmou Guerra, para quem o "encaminhamento" deve ser anunciado "nas próximas horas".

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Concluídas as negociações em São Paulo, o deputado Rodrigo Maia e o prefeito Gilberto Kassab embarcariam para Brasília, para participar da convenção do DEM. O partido suspendeu a convenção pela manhã , à espera do fim das negociações em São Paulo.

Guerra viajou para Pernambuco, a fim de participar da convenção estadual que deve confirmar a candidatura do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) ao governo estadual. Questionado sobre uma suposta lista tríplice apresentada pelo DEM para fechar a indicação do vice, Guerra disse conhecer apenas os nomes já indicados pelo DEM antes da crise.

Ao comentar a ameaça de divisão na aliança em torno de Serra, o presidente do PSDB descartou uma medida radical. “Decidimos manter a coligação em qualquer situação. A relação com o DEM não deveria estar submetida a esse traumatismo. Efetivamente houve um erro de encaminhamento dessa história.”

Sobre a possível retirada da candidatura de Dias em favor de um nome do DEM, Guerra preferiu fazer um afago ao colega tucano e manter o nome dele na disputa.

“O senador Alvaro Dias era o melhor candidato que nós tínhamos. Se for candidato, é o melhor candidato que nós temos. Não tenho a menor dúvida. O senador Alvaro Dias é o melhor que nós poderíamos oferecer, por sua capacidade de comunicação e história política”, afirmou Guerra.

Guerra também comentou a decisão do senador Osmar Dias (PDT-PR), irmão de Alvaro Dias, de desistir de concorrer ao Senado pela chapa do PSDB paranaense e formalizar sua candidatura ao governo do Estado, medida que enfraqueceu a indicação de Alvaro Dias para vice de Serra por contrariar um suposto acordo firmado por Osmar com os tucanos.

“É claro que interfere [na escolha do vice]. Tínhamos uma estratégia no Paraná que foi contrariada pela iniciativa do senador Osmar Dias”, argumentou Guerra.

Ao lado de Guerra, Alvaro Dias se limitou a afirmar que aguarda a decisão do partido e disse que será um “soldado” da candidatura de Serra seja qual for a escolha do vice.
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