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USP, Unesp e Unicamp buscam candidatos com domínio de leitura e escrita
Terra
Nas três principais universidades paulistas, a redação tem uma pontuação grande na composição da nota final do vestibular. No processo seletivo da USP (Universidade de São Paulo), o texto vale 50% da prova da segunda fase. Os temas cobram uma posição dos candidatos em relação a assuntos atuais e relacionados à sociedade contemporânea.
Maria Tereza Fraga Rocco, vice-diretora executiva da Fuvest, avisa que a proposta, sempre dissertativa, é pensada até oito meses antes da data da prova e promete surpresa para este ano.
- Buscamos sempre algo inédito, que não tenha caído ainda em nenhum lugar.
Compreender o que foi pedido, aliás, é o mais importante nesta prova. A maioria dos candidatos eliminados escreve textos que não tem nada a ver com a proposta pedida, afirma Maria Tereza. Dentre os critérios de correção da banca, este é o único que não permite uma segunda leitura.
- São 70 pessoas na banca corretora. As avaliações são feitas por duplas sorteadas e às cegas, sem que um veja o trabalho do outro. Em caso de discrepância, é realizada uma terceira correção e, raramente, uma quarta. Mas se fugir do tema, está fora mesmo, não tem jeito.
Na lista de redações acima da média no site da Fuvest, é possível observar o tipo de escrita exigida no vestibular,
Unicamp
Zerar a prova de redação do vestibular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) ficou mais difícil – em vez de apenas uma, o candidato receberá três propostas para três textos diferentes, a partir de 2011. O simulado com o novo modelo foi aplicado no mês de maio e, segundo a Comvest, muito bem recebido.
A extensão máxima continua em 24 linhas e a duração da prova é de duas horas e meia. Para Matilde Scaramucci, uma das idealizadoras da mudança na redação, “O aluno precisa aprender a escrever de forma eficiente e ser rápido ao mesmo tempo”.
A linguagem oral deve fluir, mas não deve ser coloquial a ponto de o leitor se perguntar o que lê, frisa ela. Pela nova proposta, entrevista, carta e editorial jornalístico podem cair em meio “a uma lista infinita de gêneros”.
Apesar disso, a Unicamp avisa que nunca cobrará criatividade, “e sim, leitura e escrita” - ou seja, poesias e letras de músicas não devem ser entregues no lugar da redação. Maurício Kleinke, coordenador de pesquisa do Comvest, afirma que a banca busca pessoas com domínio da técnica de redação.
Unesp
A Universidade Estadual Paulista espera que o candidato demonstre ser capaz de produzir um bom texto, característico da visão de mundo de um estudante de ensino médio, afirma Rogério Chociay, professor da universidade.
Assessor da diretoria acadêmica da Vunesp (órgão responsável pela organização do vestibular da Unesp), Chociay explica que o tema proposto é sempre algo atual, do dia a dia do candidato, para que ele desenvolva uma dissertação. Para ajudar na argumentação, com o enunciado são fornecidos textos de apoio relacionados ao assunto. A redação vale 28 pontos de 100.
Maria Tereza Fraga Rocco, vice-diretora executiva da Fuvest, avisa que a proposta, sempre dissertativa, é pensada até oito meses antes da data da prova e promete surpresa para este ano.
- Buscamos sempre algo inédito, que não tenha caído ainda em nenhum lugar.
Compreender o que foi pedido, aliás, é o mais importante nesta prova. A maioria dos candidatos eliminados escreve textos que não tem nada a ver com a proposta pedida, afirma Maria Tereza. Dentre os critérios de correção da banca, este é o único que não permite uma segunda leitura.
- São 70 pessoas na banca corretora. As avaliações são feitas por duplas sorteadas e às cegas, sem que um veja o trabalho do outro. Em caso de discrepância, é realizada uma terceira correção e, raramente, uma quarta. Mas se fugir do tema, está fora mesmo, não tem jeito.
Na lista de redações acima da média no site da Fuvest, é possível observar o tipo de escrita exigida no vestibular,
Unicamp
Zerar a prova de redação do vestibular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) ficou mais difícil – em vez de apenas uma, o candidato receberá três propostas para três textos diferentes, a partir de 2011. O simulado com o novo modelo foi aplicado no mês de maio e, segundo a Comvest, muito bem recebido.
A extensão máxima continua em 24 linhas e a duração da prova é de duas horas e meia. Para Matilde Scaramucci, uma das idealizadoras da mudança na redação, “O aluno precisa aprender a escrever de forma eficiente e ser rápido ao mesmo tempo”.
A linguagem oral deve fluir, mas não deve ser coloquial a ponto de o leitor se perguntar o que lê, frisa ela. Pela nova proposta, entrevista, carta e editorial jornalístico podem cair em meio “a uma lista infinita de gêneros”.
Apesar disso, a Unicamp avisa que nunca cobrará criatividade, “e sim, leitura e escrita” - ou seja, poesias e letras de músicas não devem ser entregues no lugar da redação. Maurício Kleinke, coordenador de pesquisa do Comvest, afirma que a banca busca pessoas com domínio da técnica de redação.
Unesp
A Universidade Estadual Paulista espera que o candidato demonstre ser capaz de produzir um bom texto, característico da visão de mundo de um estudante de ensino médio, afirma Rogério Chociay, professor da universidade.
Assessor da diretoria acadêmica da Vunesp (órgão responsável pela organização do vestibular da Unesp), Chociay explica que o tema proposto é sempre algo atual, do dia a dia do candidato, para que ele desenvolva uma dissertação. Para ajudar na argumentação, com o enunciado são fornecidos textos de apoio relacionados ao assunto. A redação vale 28 pontos de 100.