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Notícias / Cidades

Produto químico pode estar contaminando córrego de Barra

De Barra do Garças - Ronaldo Couto

A suspeita de que cromo hexavalente, produto químico considerado cancerigeno, pode estar sendo lançado no córrego Voadeira, em Barra do Garças, a 504 km de Cuiabá, persiste. A denúncia está sendo apurada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente(Sema) há três anos. A primeira análise deu positivo, confirmando a presença do cromo no água do córrego. Depois foram realizados mais dois exames, cujos resultados foram negativos.

Mesmo assim existe o risco porque cromo hexavalente é utilizado no curtimento de couro, atividade fim do curtume Santo Antônio, instalado às margens do córrego, na BR 070. Um estudo da UFMT denunciou o risco em 2003, alertando que a captação de água de Barra do Garças, no rio Garças, fica abaixo do curtume. Chacareiros e sitiantes denunciaram a mortandade de peixes, da vegetação às margens do córrego.

A primeira análise foi relializada em 2007 a pedido da Sema e deu positivo para o risco de poluição com cromo na água. Em 2009, deu negativo. A Justiça de Barra determinou uma contraprova no laboratório da Sebesp(Companhia de Água e Esgoto do Estado de São Paulo) onde deu negativo. Todavia, o diretor da Sema, Kleber Fabiano, disse que não ficou satisfeito com o resultado e vai pedir um quarto exame.

O cromo hexavalente é comumente utilizado em pigmentos para fotografia e experiencias cientificas. E também é utilizado em corantes têxteis, preservação da madeira, curtimento de couro e anticorrosivo. Ele atua como inibidor de corrosão devido a seus altos níveis de toxicidade.

O risco da água de Barra do Garças estar contaminada como metais pesados é rechaçada pela Emasa, Companhia particular de Água do município, que afirma não haver risco. Eles alegam que o córrego está longe da captação e confiam no sistema de tratamento de água da empresa. Entretanto, o professor que fez a denúncia diz que metais sobrevivem a qualquer tipo de filtro e são cancerigenos num processo acumulativo ao longo dos anos.

O assunto é tratado como tabu na cidade porque envolve interesses econômicos da companhia de água, do curtume em questão. Até mesmo o professor que realizou o trabalho sofreu consequencias. Ele foi transferido e perseguido devido a pesqusia que realizou.

Na Europa, a Comunidade Européia(CE) desde de julho de 2006 proibe a entrada no continente europeu de produtos elétricos e eletrônicos com substancias perigosas ou metais pesados como: cádmio, chumbo, mercúrio, cromo hexavalente, PBB, PBDE.








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