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Produtores de Mato Grosso acreditam na aprovação do novo Código Florestal

De Brasília - VT

Foi retomado faz pouco na Câmara Federal a sessão da Comissão Especial que discute alterações no novo Código Florestal. O plenário número dois, onde ocorre, o debate, está lotado. Produtores rurais e os militantes ambientalistas também acompanham por telões o debate que promete ser histórico. 

A comitiva de aproximadamente 200 agricultores de Mato Groso, que acompanha os embates sobre a mudança na legislação ambiental brasileira, está confiante e torcendo muito pela aprovação do substitutivo ao Código Florestal.

Presidente do Sindicato de Primavera do Leste, Milton Rossetto, disse acreditar que os deputados federais irão superar rivalidades e hostilidades ao setor rural e votar o relatório de autoria do deputado federal Aldo Rebelo (PcdoB/SP).

De acordo com Rosseto, na sua região aproximadamente 750 produtores de médio a grande estão em desacordo com a legislação atual.

"Não é para adequar os infratores à lei, é para adequar a lei a atual realidade brasileira. O Brasil não é o mesmo de 1965, este fato não dá para ignorar", destacou.

Mato Grosso tem um único representante na Comissão Especial, o deputado federal Homero Pereira (PR), que ocupa a vice-presidência. O parlamentar está trabalhando para que o substitutivo do atual Código Florestal seja votado hoje na Comissão Especial. Após as eleições de outubro, o texto será apreciado no plenário da Câmara "para evitaremos a contaminação das eleições neste processo", frisou o parlamentar.

São José do Rio Claro tem 20 mil habitantes. Oitenta e cinco porcento são pequenos proprietários rurais e cerca de 1,1 mil são assentados com menos de quatro módulos fiscais. "Precisamos dessa alteração para que esse público continue na sua atividade", observou.

Vindo de São José do Rio Claro, o produtor também presidente do Sindicato Rural, Livônio Brustoline, afirma que, apesar das discussões inflamadas contra e a favor das modificações da lei ambiental, a maioria dos parlamentares tem sensibilidade de perceber a necessidade da revisão.

Segundo ele, o que parece equivocada é a polêmica entre beneficiar o pequeno ou grande agricultor com a reforma da legislação.

"O produtor, pequeno ou grande, precisa de segurança para continuar na atividade. Precisamos saber exatamente o que podemos ou não fazer. Hoje todos os agricultores no meu município estão totalmente desassistidos de qualquer política rural devido às restrições ambientais", contou. As informações são da assessoria de imprensa do deputado Homero Pereira.
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