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Defesa de Macarrão: depoimento de jovem é história fantasiosa

Terra

Após o adolescente de 17 anos apreendido na casa do goleiro Bruno, do Flamengo, no Rio de Janeiro, dizer que Eliza Samúdio, ex-amante do jogador, está morta, o advogado criminalista Ercio Quaresma confirmou que a frase "a menina está morta" teria sido dita durante o depoimento, segundo relato do advogado de Bruno no Rio. Ele, porém, disse que a história é "fantasiosa", incluindo até a declaração do rapaz de que o corpo de Eliza teria sido jogado para um cachorro.

Quaresma assumiu a defesa de Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, mulher de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão (o Macarrão), Flávio Caetano de Araújo (o Flavinho, motorista de Bruno), e Elenilson Vitor, imão de criação de Macarrão e um dos caseiros do sítio do goleiro. Ele foi ao Departamento de Homicídios para se reunir com os delegados e depois conversou rapidamente com os jornalistas.

"O advogado do Bruno no Rio leu para mim o depoimento que esse adolescente deu na delegacia, e já digo que esse depoimento não vale nada", afirmou. Questionado se o depoimento do garoto não complica a situação de Macarrão, Quaresma ironizou: "pelo contrário. Ajuda demais."

O adolescente confirmou ainda ter dado uma coronhada em Eliza. A apreensão do jovem ocorreu depois que a polícia recebeu uma denúncia de um parente do menor em uma rádio, dizendo que ele estava escondido na casa de Bruno, no Recreio. Ao ouvir o relato, a polícia de Minas entrou em contato imediatamente com a DH, que conseguiu apreender o menor.


O caso

Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para provar a suposta paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade.

Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá. A atual mulher do goleiro, Dayane Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que ela havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayane Souza foi presa. Contudo, após conseguir um alvará, foi colocada em liberdade. O bebê foi entregue ao avô materno.

O goleiro do Flamengo e a mulher negam as acusações de que estariam envolvidos no desaparecimento de Eliza e alegam que ela abandonou a criança.
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