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Profissionais da Educação de Jauru temem retaliações do Executivo

Da Assessoria

Em greve por tempo indeterminado há sete dias, os profissionais da Educação de Jauru, município localizado a 463 km de Cuiabá, temem retaliações do Executivo municipal como corte diário do ponto e ainda atraso no pagamento de salários.

Segundo a diretora do polo Regional Oeste III do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Edna Bernardo, em ofício, o secretário municipal de Educação, Carlos Lucatto, exigiu que diretores e coordenadores permanecessem nas escolas sob pena de corte do ponto. “Esse é um indicativo que teremos corte nos salários”, afirmou. O pagamento do mês de junho, que deveria ter sido realizado até a última sexta-feira (02), ainda não foi efetuado.

Além disso, segundo ela, também como forma de retaliação, o prefeito, que também é presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Pedro Ferreira de Souza, entrou na Justiça para tentar provar uma possível ilegalidade da greve. “Mas não vamos descansar enquanto nossas reivindicações não forem atendidas”, alertou a sindicalista.

A paralisação conta com a adesão de 100% das escolas municipais. A categoria cobra a implantação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), de acordo com a Lei 11.738/08, e adequação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) com inclusão dos funcionários de escola. “Até o momento não houve por parte do Executivo nenhum interesse em negociar com a categoria”, protestou Edna Bernardo.

Atualmente, o piso dos professores é de R$ 659,88. Já o salário base atual dos funcionários de escola no município é de R$ 400,00. “É um valor que está abaixo do salário mínimo, um absurdo”, destacou a presidente da subsede Jauru do Sintep/MT, Adriana Gonçalves Lana Cunha. A indignação é maior em função de alguns deles, apesar de terem cursado o Curso Técnico de Formação para os Funcionários da Educação (Profuncionário), não serem valorizados pela profissionalização.

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