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Notícias / Cidades

Servidora é exonerada após greve em Rondonópolis

De Rondonópolis - Dayane Pozzer

A funcionária de carreira da Prefeitura Municipal de Rondonópolis Marta Aparecida Euzébio, de 38 anos, esteve nesta quarta-feira (7) na sessão da Câmara Municipal de Vereadores para demonstrar sua indignação por ter sido exonerada do cargo que ocupava desde o início da gestão do prefeito José Carlos do Pátio (PMDB). A decisão foi comunicada a Marta no dia 28 de junho, data em que os servidores retornaram ao trabalho após aceitarem o pedido do Ministério Público de suspender a greve.

Martinha, como também é chamada, era chefe da Divisão de Atenção à Saúde na Secretaria Municipal de Saúde. Ela também é vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Rondonópolis (Sispmur), o que, para ela, pode ter contribuído ainda mais para a exoneração. Ela contou que assim que chegou a secretaria foi chamada pela chefe de Recursos Humanos e comunicada da decisão e que ainda era para se retirar em seguida de seu departamento.

Segundo ela, o secretário de Saúde, Valdecir Feltrin, também esteve presente na circunstância da exoneração. Martinha conta que relutou a aceitar a imposição e o secretário teria dito a ela que se não se retirasse iria “sofrer as conseqüências”.

A servidora passou no concurso para agente comunitário de saúde em 1991 e durante 10 anos exerceu essa função. Em seguida, passou em outro concurso para técnico de enfermagem do Hospital Regional, mas foi emprestada para o município. A servidora se mostrou preocupada, pois até o momento o município não fez oficialmente a sua ‘devolução’ ao estado para que ela possa exercer o cargo no Hospital Regional.

Outros servidores que participaram da greve também estiveram na Câmara Municipal ontem e munidos de faixas e cartazes com frases que utilizavam a palavra perseguição, pediram apoio aos vereadores. “Viemos aqui para denunciar a perseguição por parte do prefeito e pedir apoio com relação ao corte no ponto”, afirmou Rubens Paulo, presidente do Sispmur.

A reportagem do Olhar Direto telefonou para o secretário de Saúde para ouvir a sua versão sobre o assunto, mas o titular da pasta não atendeu a ligação.
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