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Flamengo admite abatimento com prisão de Bruno

R7

Aos poucos, jogadores e comissão técnica do Flamengo deixam de lado o silêncio e começam a abordar nas entrevistas a polêmica envolvendo o goleiro Bruno. Depois de Leonardo Moura falar sobre o assunto na quinta-feira (8) e demonstrar tristeza, nesta sexta-feira (9) foi a vez de o técnico Rogério Lourenço admitir que o fato atingiu o elenco.

- É óbvio que as conversas existem, até porque acompanhamos os fatos. Todos têm sentido. Alguns têm uma amizade maior com o Bruno, uma relação de quatro anos no clube e não tem como não mexer, mas a vida segue.

O clima nos treinos do Flamengo tem sido bastante diferente desde que o goleiro foi preso temporariamente, sendo um dos suspeitos pelo desaparecimento de Eliza Samudio, sua ex-amante. As brincadeiras deram lugares a fisionomias fechadas.

Ciente disso, Rogério Lourenço também procura atuar como psicólogo. O comandante rubro-negro quer a todo custo evitar que os jogadores percam a concentração nas atividades e na reestreia do time no Campeonato Brasileiro, na próxima quarta-feira (14), contra o Botafogo, no Maracanã.

- Esses jogadores aqui têm a responsabilidade de mostrar que o Flamengo tem profissionais de qualidade, competentes e que trabalham buscando a formação do homem. O profissional passa e o cidadão continua. Eles têm que perceber isso.


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..Rogério Lourenço disse que essa pode ser a oportunidade para uma discussão mais ampla no futebol. O treinador flamenguista afirma que alguns jogadores, a maioria de origem humilde, se perdem na hora de assinar grandes contratos e são mal orientados fora de campo.

- Quando as coisas chegam ao extremo, temos que parar para refletir. Devemos começar com isso na base. Os profissionais não podem ver o jogador apenas como mercadoria, mas um ser humano que tem os mesmos problemas que todos. Os empresários também, sem críticas, não podem aparecer só na hora de renovar contrato. Tem que ter o acompanhamento, porque a mudança na vida de um jovem de 18 para 20 anos é muito grande. Tem que ter alicerce familiar, no clube e de pessoas que estão próximas ao jogador. Para dizer o que eles precisam ouvir e não o que querem ouvir.

Desafeto de Bruno no elenco rubro-negro, com o qual discutiu asperamente no intervalo da partida contra a Universidad Catolica-CHI, pela Libertadores, o meia Petkovic foi outro a se mostrar triste com a situação. Embora não quisesse entrar diretamente no assunto, o sérvio deu sua visão.

- Tem muita coisa que me incomoda na vida. Mas a gente encara isso. Aprendemos desde criança que não podemos ter tudo o que a gente quer. Temos de escolher a coisa certa e agarrar as oportunidades. Por isso temos de ter comprometimento e seguir nossas metas na vida. Estamos aí para superar os obstáculos.
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