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Depoimentos-chave do caso Eliza Samudio têm sérias divergências

G1

Os depoimentos de duas testemunhas-chave do caso Eliza Samudio, o menor apreendido na casa do goleiro Bruno e Sérgio Rosa Sales, primo do atleta, apresentam divergências e pontos que não batem.

As incongruências se concentram principalmente em relação às ações de Bruno e de Sales nos dias que antecederam o suposto assassinato de Eliza Samudio. As declarações das duas testemunhas, que confirmaram a morte da ex-amante do jogador, são consideradas muito importantes na opinião de policiais.

Em depoimento à Polícia Civil do Rio, na terça-feira (6), o adolescente de 17 anos disse ter sido convidado por Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, a levar Eliza do Rio de Janeiro ao sítio do jogador na Grande BH. Afirma que Bruno chegou ao sítio dois dias depois e ficou “surpreso” ao ver Eliza e o filho no local. Diz ainda que o goleiro permaneceu no sítio por apenas duas horas.

As incongruências se concentram principalmente em relação às ações de Bruno e de Sales nos dias que antecederam o suposto assassinato de Eliza Samudio. As declarações das duas testemunhas, que confirmaram a morte da ex-amante do jogador, são consideradas muito importantes na opinião de policiais.

Em depoimento à Polícia Civil do Rio, na terça-feira (6), o adolescente de 17 anos disse ter sido convidado por Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, a levar Eliza do Rio de Janeiro ao sítio do jogador na Grande BH. Afirma que Bruno chegou ao sítio dois dias depois e ficou “surpreso” ao ver Eliza e o filho no local. Diz ainda que o goleiro permaneceu no sítio por apenas duas horas.

O delegado Edson Moreira, que responde pelas investigações do caso na Polícia Civil mineira, já sugeriu que o adolescente possa estar buscando proteger Bruno. Moreira afirmou que “80%” do depoimento do menor é verdade.

O adolescente descreve Neném como um homem “negro, alto, magro e de cabelo curto”. Diz que ele amarrou os braços de Eliza com uma corda e a sufocou com uma “gravata”. Diz que ele, Sales e Macarrão viram quando Neném retira uma mão de Eliza de um saco e joga para cachorros.

Sales conta uma versão semelhante, mas não se inclui nos fatos – diz ter ouvido o relato de Bruno e do adolescente. Acrescenta novos elementos ao descrever o assassino como “homem negro, de barba e careca”, dizer que Macarrão chutou o corpo de Eliza após o enforcamento e que o filho da mulher também seria assassinado.

Investigação
Eliza Samudio está desaparecida desde o início de junho. Em 2009, teve um relacionamento com Bruno. Engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu em fevereiro de 2010. Desde então, Eliza buscava reconhecimento de paternidade na Justiça. A Polícia Civil de Minas afirma que a "paternidade indesejada" foi a causa da morte.

A polícia mineira apura o sumiço de Eliza desde 24 de junho, após denúncias de que uma mulher teria sido agredida e morta nas imediações do sítio de Bruno, em Esmeraldas (MG).

Na quarta-feira (7), a Justiça decretou a prisão de sete suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Eliza em Minas Gerais, além da internação provisória do menor. Bruno e seu primo Sales estavam nessa lista.

No mesmo dia, a Justiça do Rio decretou a prisão de Bruno e de Macarrão. A polícia fluminense diz que os dois são suspeitos de participação no sequestro de Eliza.

Os três estão presos na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Bruno, Macarrão, Sales e Marcos Aparecido dos Santos, o Neném, negam participação no crime.

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