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Advogado de Bruno e 5 suspeitos no caso Eliza diz que todos negam crime

G1

O advogado Ércio Quaresma, que defende o goleiro Bruno e outros cinco suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio, afirma que todos os seus clientes negam o crime. Além do Atleta, ele defende Dayane Souza (mulher de Bruno), Luiz Henrique Ferreira Romão (conhecido como Macarrão), Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques e Elenilson Vitor da Silva. Os últimos três foram presos nesta sexta-feira (9).

Eliza Samudio teve um relacionamento com o goleiro Bruno no ano passado e tentava provar que ele era pai de seu filho. Ela desapareceu no início de junho. Na última terça-feira (6), um menor foi detido no Rio de Janeiro e afirmou, em depoimento, que a jovem está morta. Depois disso, os seis suspeitos defendidos por Quaresma foram presos.

"O Bruno disse que não mandou matar, não contribuiu, não colaborou, não pagou. O Macarrão também não. A Dayane também não fez nada. Os outros três também negam", disse Quaresma ao G1. "Eles não têm a menor idéia [de como ela desapareceu]."

Quaresma afirma que seus clientes vão prestar depoimento somente quando ele tiver a cópia do inquérito policial em mãos.

Investigação paralela
O advogado afirma que iniciou uma investigação paralela sobre o caso. Segundo Quaresma, estão sendo contratados médicos legistas e peritos que podem emitir pareceres sobre laudos e outros documentos envolvidos no caso.

"Ela [investigação] já começou. Comecei por onde a polícia não teve competência para fazer", afirmou.

Quaresma disse que vai obter informações sobre os lugares onde foram realizadas buscas por Eliza e outros suspeitos através de material fotográfico, de mapas e de novas testemunhas.

Habeas corpus
"Vou fazer o pedido de habeas corpus só com a cópia do decreto de prisão. Distribuo no Tribunal de Justiça na segunda-feira (12), no máximo."

O advogado disse que vai examinar quais desembargadores ficarão de plantão no fim de semana no Tribunal de Justiça. Ele admite que pode fazer o pedido ainda no sábado (10), se os desembargadores forem flexíveis.

Conflitos de interesse
O advogado afirma que não há problemas em atuar na defesa de seis suspeitos domesmo crime. De acordo com ele, só aconteceria um conflito de interesses se um acusasse o outro. "Se um falar que o outro matou, haveria um problema. Mas, nesse caso, ninguém acusa ninguém", afirmou.
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