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SP: 4 acusados de divulgação de pedofilia na web são presos

Terra

A Polícia Civil de São Paulo informou nesta quinta-feira que prendeu quatro pessoas acusadas de divulgação de pedofilia pela internet. Entre os presos, está um técnico de informática de 31 anos, apontado como gerenciador do esquema.

As prisões aconteceram entre a noite de quarta-feira e a manhã de hoje, na capital paulista e em São Vicente, no litoral. Conforme a polícia, três envolvidos se passavam por mães de criança para chamar atenção e evitar descobertas. A investigação apontou ainda que o alvo do grupo era crianças de até 10 anos, aproximadamente. "Para eles, com 10 anos, a criança é velha", disse a delegada Catarina Buque, da Delegacia de Repressão a Delitos Cometidos por Meios Eletrônicos do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic).

Os policiais investigavam a rede havia quatro meses, quando começaram a apurar as atividades do técnico de informática. A partir da troca de arquivos de filmes e fotos, além dos textos, a equipe contabilizou 30 usuários que trocavam informações. Os levantamentos permitiram a obtenção de seis mandados de busca e apreensão.

Como atuavam
De acordo com a polícia, os envolvidos faziam questão de produzir textos de violência sexual e combinavam festas, onde descreviam rituais que deveriam ser praticados com as crianças. Segundo a delegada Catarina, nas imagens aparecem até bebês.

Um dos presos, um garoto de programa de 29 anos, foi flagrado ao acessar pornografia infantil em uma lan house no bairro Bela Vista, na noite de ontem. Conforme a polícia, ele admitiu a prática e disse que se passava por mulher para atrair homens. "Ele afirmou ter orientação homossexual. Oferecia a suposta filha para poder ver homens nus pela webcam", disse a delegada.

O homem apontado como líder do grupo foi preso no litoral paulista. Em seu computador, foram encontradas milhares de fotos e vídeos de pornografia infantil, disse a polícia. Ele tem passagem anterior pelo mesmo crime.

Outro técnico de informática, de 34 anos, usava um codinome feminino para trocar fotos e textos nos quais aprovava a violência sexual que seria praticada em sua suposta filha. O acusado não tem filhos, segundo a polícia.

O quarto envolvido, de 49 anos, também usava um apelido feminino na web. Os quatro homens foram autuados por pornografia infantil e formação de quadrilha. Outras 30 pessoas ainda são investigadas.
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