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Suíte Retratos abre temporada 2009 de concertos da Orquestra Oficial
Da Redação com Assessoria
Um dos hemisférios criativos da música erudita no Brasil, a Orquestra do Estado de Mato Grosso, sob a batuta do maestro Leandro Carvalho, abre Temporada 2009 dos Concertos Oficiais no teatro do Sesc Arsenal, este fim de semana. As apresentações ocorrem nesta sexta-feira, sábado e domingo [27, 28 e 29 de março] e trazem no repertório, “Retratos”, suíte para bambolim, conjunto de choros e orquestra de cordas, escrita por Radamés Gnatalli, uma homenagem, em quatro movimentos, a importantes compositores que Gnatalli considerava fundamentais na formação da música instrumental brasileira: Pixinguinha, Ernesto Nazareth, Anacleto de Medeiros e Chiquinha Gonzaga. Como sempre, os concertos têm início às 20 horas e custam 2 Reais ou um litro de leite.
Como quem revela uma fotografia sonora extraída da sensibilidade musical de cada um desses quatro grandes nomes da música brasileira, Radamés apresenta no primeiro movimento um choro, baseado em “Carinhoso” [quem nunca cantarolou esta canção de Pixinguinha?]. No segundo, uma valsa a partir de “Expansiva” [de Ernesto Nazareth], no terceiro, um schottisch lembrando “Três Estrelinhas” [de Anacleto de Medeiros], e num quarto movimento, um maxixe a la “Corta Jaca” [de Chiquinha Gonzaga]. “Uma obra de rara beleza que exige um solista sensível e com grande conhecimento musical”, ressalta Leandro Carvalho.
Para fazer jus a obra de Radamés Gnatalli, a Orquestra do Estado de Mato Grosso vai contar com a participação especial do solista pernambucano, Marco César de Oliveira Brito, ao bandolim. Além de “Suíte Retratos”, o versátil Marco César também exibe a sonoridade aguda de seu instrumento na peça “Minha Ciranda” [esta com arranjos do próprio Marco César], de Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba, importante compositor brasileiro, integrante do Movimento Armorial [manifestação artística criada na década de 70 com a pretensão de fundir o popular e o erudito, organizada por Ariano Suassuna].
Tradição
Como de praxe, a primeira parte dos Concertos Oficiais é sempre composta por uma obra clássica da música erudita. Pelo terceiro ano consecutivo, a Orquestra do Estado de Mato Grosso abre a Temporada com uma peça do grande compositor russo Igor Stravinsky. Em 2007 foi apresentada a célebre “História do Soldado”, na versão original. Em 2008, o ballet “Apolo”, para orquestra de cordas. Este ano, o “Concerto em Ré” abre a Temporada 2009 dos Concertos Oficiais.
O “Concerto em Ré” ou “Basel Concerto” foi escrito em 1946 a pedido do maestro Paul Sacher para celebrar o vigésimo aniversário de sua Orquestra de Câmara de Basel. “Este concerto é uma das mais brilhantes e acessíveis obras do maestro russo, apesar de pouco conhecida. Como o ballet “Apollo”, a escrita de Stravinsky nasce da evidente tradição russa dos instrumentos de arco, revelando-se clara, brilhante e profundamente densa, sintetizada numa música de rara virtuosidade que exige grande destreza de todos os artistas envolvidos”, afirma o maestro Leandro Carvalho.
O homem do bandolim
Marco César de Oliveira Brito nasceu na cidade de Pesqueira, em Pernambuco. Pedagogo, compositor, arranjador e bandolinista formou-se nos cursos de Geografia e Música pela Universidade Federal de Pernambuco. Fundador do primeiro curso de bandolim e cavaquinho em conservatório de música no Brasil, iniciou seus estudos de teoria musical e solfejo no Conservatório Pernambucano de Música com o mestre Severino Revoredo. Estudou harmonia moderna com os professores Ian Guest, Thales Silveira e Roberto Sion. Especializou-se em harmonia e contraponto com o professor Manoel Neto, com o qual compôs o primeiro concerto para bandolim, contra-fagote e orquestra de cordas.
Fundador, músico e diretor artístico da Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco e Grupo Oficial de Cordas de Recife, Marco César participou de inúmeros festivais de música e manifestações artísticas, dentre eles o XVII Festival Del Caribe [Fiesta Del Fogo], em Santiago de Cuba e VIII Festival de Inverno da Garanhuns. Em 1999, participou do espetáculo “Pernambuco”, integrando o grupo que acompanhou o artista Antônio Nóbrega no Festival de Avignon, na França. Em dezembro de 2000 foi empossado membro da Academia Pernambucana de Música. Gravou um CD em homenagem a Capiba e Gonzagão e arranjou e produziu outro dedicado aos choros pernambucanos.
Atualmente, Marco César é instrumentista no Conjunto Pernambucano de Choro, Orquestra Retratos do Nordeste, Capibaribe Trio, Sexteto Capibaribe e Grupo Chorando Pernambuco. Também exerce o papel de educador, dando aulas no Conservatório Pernambucano de Música e Centro Federal de Educação Tecnológica.
Realização
A Temporada 2009 da Orquestra do Estado é uma realização do Governo do Estado de Mato Grosso, através da Secretaria de Estado de Cultura, e tem como patrocinadores as empresas Votorantim, Bimetal, Nortox, ADM World e Lei Federal de Incentivo à Cultura/Ministério da Cultura, e os ‘apoiadores culturais’ Localiza, Fisk Inglês e Espanhol, Amazon Hotel, Soul Propaganda e Sesc Mato Grosso.
Como quem revela uma fotografia sonora extraída da sensibilidade musical de cada um desses quatro grandes nomes da música brasileira, Radamés apresenta no primeiro movimento um choro, baseado em “Carinhoso” [quem nunca cantarolou esta canção de Pixinguinha?]. No segundo, uma valsa a partir de “Expansiva” [de Ernesto Nazareth], no terceiro, um schottisch lembrando “Três Estrelinhas” [de Anacleto de Medeiros], e num quarto movimento, um maxixe a la “Corta Jaca” [de Chiquinha Gonzaga]. “Uma obra de rara beleza que exige um solista sensível e com grande conhecimento musical”, ressalta Leandro Carvalho.
Para fazer jus a obra de Radamés Gnatalli, a Orquestra do Estado de Mato Grosso vai contar com a participação especial do solista pernambucano, Marco César de Oliveira Brito, ao bandolim. Além de “Suíte Retratos”, o versátil Marco César também exibe a sonoridade aguda de seu instrumento na peça “Minha Ciranda” [esta com arranjos do próprio Marco César], de Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba, importante compositor brasileiro, integrante do Movimento Armorial [manifestação artística criada na década de 70 com a pretensão de fundir o popular e o erudito, organizada por Ariano Suassuna].
Tradição
Como de praxe, a primeira parte dos Concertos Oficiais é sempre composta por uma obra clássica da música erudita. Pelo terceiro ano consecutivo, a Orquestra do Estado de Mato Grosso abre a Temporada com uma peça do grande compositor russo Igor Stravinsky. Em 2007 foi apresentada a célebre “História do Soldado”, na versão original. Em 2008, o ballet “Apolo”, para orquestra de cordas. Este ano, o “Concerto em Ré” abre a Temporada 2009 dos Concertos Oficiais.
O “Concerto em Ré” ou “Basel Concerto” foi escrito em 1946 a pedido do maestro Paul Sacher para celebrar o vigésimo aniversário de sua Orquestra de Câmara de Basel. “Este concerto é uma das mais brilhantes e acessíveis obras do maestro russo, apesar de pouco conhecida. Como o ballet “Apollo”, a escrita de Stravinsky nasce da evidente tradição russa dos instrumentos de arco, revelando-se clara, brilhante e profundamente densa, sintetizada numa música de rara virtuosidade que exige grande destreza de todos os artistas envolvidos”, afirma o maestro Leandro Carvalho.
O homem do bandolim
Marco César de Oliveira Brito nasceu na cidade de Pesqueira, em Pernambuco. Pedagogo, compositor, arranjador e bandolinista formou-se nos cursos de Geografia e Música pela Universidade Federal de Pernambuco. Fundador do primeiro curso de bandolim e cavaquinho em conservatório de música no Brasil, iniciou seus estudos de teoria musical e solfejo no Conservatório Pernambucano de Música com o mestre Severino Revoredo. Estudou harmonia moderna com os professores Ian Guest, Thales Silveira e Roberto Sion. Especializou-se em harmonia e contraponto com o professor Manoel Neto, com o qual compôs o primeiro concerto para bandolim, contra-fagote e orquestra de cordas.
Fundador, músico e diretor artístico da Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco e Grupo Oficial de Cordas de Recife, Marco César participou de inúmeros festivais de música e manifestações artísticas, dentre eles o XVII Festival Del Caribe [Fiesta Del Fogo], em Santiago de Cuba e VIII Festival de Inverno da Garanhuns. Em 1999, participou do espetáculo “Pernambuco”, integrando o grupo que acompanhou o artista Antônio Nóbrega no Festival de Avignon, na França. Em dezembro de 2000 foi empossado membro da Academia Pernambucana de Música. Gravou um CD em homenagem a Capiba e Gonzagão e arranjou e produziu outro dedicado aos choros pernambucanos.
Atualmente, Marco César é instrumentista no Conjunto Pernambucano de Choro, Orquestra Retratos do Nordeste, Capibaribe Trio, Sexteto Capibaribe e Grupo Chorando Pernambuco. Também exerce o papel de educador, dando aulas no Conservatório Pernambucano de Música e Centro Federal de Educação Tecnológica.
Realização
A Temporada 2009 da Orquestra do Estado é uma realização do Governo do Estado de Mato Grosso, através da Secretaria de Estado de Cultura, e tem como patrocinadores as empresas Votorantim, Bimetal, Nortox, ADM World e Lei Federal de Incentivo à Cultura/Ministério da Cultura, e os ‘apoiadores culturais’ Localiza, Fisk Inglês e Espanhol, Amazon Hotel, Soul Propaganda e Sesc Mato Grosso.