Imprimir

Notícias / Ciência & Saúde

Mitos sobre câncer de mama atrapalham diagnóstico e tratamento

G1

Médicos do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo ouviram mulheres para saber quais são as dúvidas que elas têm sobre o câncer de mama. Veja o resultado na reportagem de Carla Modena.

Mais de seis décadas de vida e apenas uma mamografia. “Só fiz uma, porque doeu demais. Apertaram demais, e eu fiquei ressabiada”, conta a aposentada Doralina Corso.

Mais do que a dor, o que assusta é a falta de informação sobre o câncer que mais mata mulheres no Brasil. O diagnóstico precoce é o maior amigo da mulher, quando se fala em câncer de mama. O problema é que uma série de mitos sobre fatores de risco atrapalham o diagnóstico e acabam prejudicando o tratamento.

A crença de que desodorante provoca a doença é uma das mais comuns. “Eu acreditei, tanto é que eu mudei”, diz a vendedora Célia Galeni.

O Instituto do Câncer de São Paulo (ICESP) fez um levantamento de outros mitos: mulheres acreditam que parar de tomar leite cura a doença e que as próteses de silicone aumentam o risco de desenvolver tumores.

“Nenhum deles foi comprovado e não tem muito fundamento”, aponta o mastologista José Roberto Filassi, do ICESP.

Comprovado mesmo, é que, se alguém na sua família já teve, é ainda mais importante ficar atenta aos exames preventivos. O histórico familiar é fator de risco.

Veja outras verdades:

- As chances são maiores quando a primeira menstruação vem antes dos 11 anos ou a menopausa, depois dos 50;
- O consumo de álcool e o tabagismo também estão associados do câncer de mama;

O que toda mulher deve fazer a professora Maria do Carmo Silva já sabe: “tomo precaução, faço exame. Aconselho todas as mulheres devem fazer. E sigo uma vida normal”, afirma.

Imprimir