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Japão se diz pronto para oferecer US$17 bi à Asia

Reuters

O Japão está preparado para oferecer mais de 17 bilhões de dólares em ajuda aos países asiáticos ao longo de três anos para que eles enfrentem a crise financeira global, disse o primeiro-ministro Taro Aso neste sábado.

Ao se dirigir a delegados durante a reunião anual do Fórum Econômico Mundial, Aso reiterou a oferta do Japão em emprestar até 100 bilhões de dólares ao Fundo Monetário Internacional (FMI) de suas reservas de moeda estrangeira, e disse que Tóquio agradeceria medidas parecidas por parte de outros países.

"É imperativo assegurar a liquidez de dólar para países pequenos, médios e emergentes... Nós receberemos bem exportadores de petróleo e países que tenham muitas reservas de moeda estrangeira que resolvam se juntar a tais esforços (no FMI)", disse Aso.

"Nós vamos apoiar os países asiáticos ao mobilizar fundos... Eu estou convencido que o aprofundamento da cooperação dentre a região asiática levará a uma recuperação da economia global."

O vice-secretário de Gabinete Osamu Sakashita disse que 17 bilhões de dólares é a quantidade mínima de ajuda de desenvolvimento que o governo irá disponibilizar a países asiáticos. A quantidade poderá ser ampliada, e o período de tempo poderá ser bem encurtado, disse Sakashita.

O primeiro-ministro do Japão também pediu que os Estados Unidos reduzam o seu consumo excessivo, e disse que outros países devem se desvincular da dependência da demanda externa para consertar os desequilíbrios globais que permeiam a crise atual.

"Para trazer a economia global para um rítmo de crescimento estável novamente, é necessário corrigir o consumo excessivo nos Estados Unidos, assim como os desequilíbrios globais decorrentes de demanda doméstica insuficiente de diversos países, especialmente aqueles com superávit comercial", disse ele.

"No último ano e meio, o iene teve a maior valorização entre as principais moedas. É necessário que cada país, de acordo com a sua situação, amplie a demanda doméstica e conquiste o crescimento independente."

Os comentários de Aso foram feitos após a China e a Rússia terem apontado o consumo baseado em endividamento nos Estados Unidos como razão da crise financeira global.

A própria economia do Japão, voltada para as exportações, está afundando cada vez mais na recessão à medida que a demanda estrangeira despenca e a produção industrial cai a um ritmo recorde.
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