Imprimir

Notícias / Ciência & Saúde

ESHRE 2010: taxas de gravidez de óvulos vitrificados são tão boas quanto a de óvulos frescos

Da assessoria

Mulheres que se submetem a métodos de fertilização in vitro com o uso de óvulos congelados por meio da vitrificação têm as mesmas chances de engravidar do que aquelas que usam essas células "frescas”. A afirmação foi feita por Ana Cobo, diretora do Instituto Universitário Unidade – IVI de Valencia, na Espanha.

A pesquisa espanhola analisou dados de óvulos congelados por meio da vitrificação, que foram comparados com dados de óvulos que não passaram por congelamento e foram utilizados na fertilização in vitro. Apesar de já haver várias evidências de que a vitrificação produz resultados tão bons quanto o uso de óvulos não congelados, até essa pesquisa, havia falta de grandes estudos randomizados sobre o assunto.

Entre os 600 óvulos analisados pelos pesquisadores, o índice de gestações bem-sucedidas foi de 43,7% para os vitrificados e 41,7% para os frescos. A proporção de embriões de alta qualidade foi semelhante entre os dois grupos. Também não houve diferença de idade ou outras características demográficas, bem como a incidência de fator de infertilidade masculina.

Antes de uma fertilização in vitro, a mulher passa por um processo de estimulação dos ovários para produzir um bom número de óvulos, que serão congelados. Essas células precisarão ser fertilizadas com o esperma de um doador e os melhores embriões produzidos são colocados no útero da futura mãe. Quando se usa óvulos não congelados, é fundamental haver um sincronismo nesses procedimentos, o que nem sempre é possível. Com o congelamento, é possível minimizar a falta de sincronismo, uma vez que os óvulos são preservados durante um certo tempo.

Agora, os pesquisadores espanhóis vão analisar o desenvolvimento dos bebês nascidos após gestações provocadas por esse tipo de técnica, a vitrificação, com o objetivo de garantir que não haja efeitos colaterais para essas crianças
Imprimir