Imprimir

Notícias / Economia

Veja as demissões anunciadas nesta segunda-feira em todo o mundo

G1

Diante da crise econômica global e na tentativa de reduzir os custos, empresas nos EUA, Europa e Japão anunciaram nesta segunda-feira (26) dezenas de milhares de demissões. Somente as demissões divulgadas hoje somam mais de 70 mil empregos.

Além disso, a agência de notícias japonesa Jiji Press informou pela manhã que as 12 maiores montadoras do Japão esperam cortar um total de 25 mil empregos no atual ano fiscal, que termina em 31 de março, para compensar a crise.

No Brasil, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) anunciou nesta segunda-feira que, no estado, cerca de 130 mil postos de trabalho foram fechados no setor industrial no mês de dezembro. Todos os segmentos demitiram. 

Caterpillar
O maior corte foi anunciado pela fabricante de maquinários agrícolas e de construção Caterpillar. Diante de lucros menores, a empresa prevê um corte de 20 mil empregos em todo o mundo - procurada pelo G1, a companhia não informou se essa redução afetará o mercado brasileiro.

A Caterpillar encerrou o quarto trimestre de 2008 com lucro líquido de US$ 661 milhões (US$ 1,08 por ação), o que representa uma queda de 32,2% em relação ao mesmo período de 2007, quando o ganho líquido somou US$ 975 milhões (US$ 1,50 por ação).

No Brasil, a Caterpillar já fez uma redução de 380 funcionários na sua fábrica brasileira - as demissões atingiram as áreas operacional e administrativa -, mas não descarta "ajustes adicionais" na mão-de-obra do país. A empresa também concedeu férias coletivas aos funcionários, em uma escala que vai até março.

Segundo nota divulgada pela companhia, a empresa já iniciou negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba (interior de São Paulo, sede da Caterpillar no país) para redução de jornada e também pretende fazer um programas de qualificação para trabalhadores que venham a ser desligados.

Pfizer
Ao anunciar a compra da rival Wyeth por US$ 68 bilhões, a empresa farmacêutica Pfizer divulgou que deve fazer um corte de 10% em seu quadro de funcionários, o que pode representar cerca de 8 mil demissões na companhia.

Considerados também os possíveis cortes na Wyeth, as demissões nas duas empresas podem chegar a 19 mil, segundo notícias divulgadas hoje.

A Pfizer, com sede em Nova York, também anunciou seus resultados correspondentes ao ano passado, no qual obteve lucro de US$ 8,104 bilhões - número parecido com o de 2007. No quarto trimestre de 2008, entretanto, a lucratividade despencou 90%, segundo a companhia.

Phillips
A gigante holandesa da eletrônica Philips anunciou que demitirá 6 mil pessoas em todo o mundo em 2009 em consequência da crise econômica mundial que afeta os resultados da empresa.

Esta reestruturação deve permitir ao grupo economizar 400 milhões de euros ao ano a partir do segundo semestre de 2009. A Philips registrou prejuízo líquido de 186 milhões de euros (242 milhões de dólares) em 2008, depois de perdas de 1,47 bilhão de euros no quarto trimestre.

ING
O grupo holandês de banco e seguros ING anunciou que demitirá 7 mil funcionários em todo o mundo em 2009, como parte de um plano de corte de gastos de um bilhão de euros.

O grupo financeiro, que teve prejuízo de 1 bilhão de euros (US$ 1,3 bilhões) em 2008, informou também que recorrerá a garantias de empréstimos de 22 bilhões de euros concedidas pelo governo da Holanda para seu portfólio de empréstimos com problemas. 

Corus
A indiana Corus, segunda maior empresa siderúrgica na Europa, anunciou um plano para cortar 3.500 empregados no mundo, dos quais 2.500 na Grã-Bretanha.

A siderúrgica, propriedade da indiana Tata Steel, indicou que o corte é resultado da crise na indústria do aço.

Outras empresas
A operadora de telefonia americana Sprint Nextel anunciou nesta medidas de economias no primeiro trimestre, que incluem a demissão de 8 mil empregados, ou seja, quase 14% de seu quadro de funcionários no mundo.

A empresa especializada em materiais e produtos de construção Home Depot anunciou o corte de 7 mil empregos, quase 2% de seus efetivos no mundo, depois de fechar suas lojas de móveis de luxo, as Expo, e de reestruturar sua logística.

A General Motors (GM) anunciou a demissão de mais duas mil pessoas no segundo trimestre e o fechamento por uma semana, ou mais, de 14 das 24 unidades de montagem na América do Norte, durante o segundo e o terceiro trimestres.
Imprimir