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Dilma: "Serra não pode sair da campanha menor do que entrou"

Terra

No final do encontro com prefeitos e lideranças pernambucanas, em Garanhuns (PE), na noite desta sexta-feira (23), a candidata petista à presidência da República, Dilma Rousseff, criticou a linha assumida pela campanha de José Serra (PSDB), que procura vincular o PT ao crime organizado e às Farc da Colômbia. "Não vou baixar o nível nessa campanha. Esse tipo de fala substitui o debate de idéias", rebateu Dilma.

Segundo a candidata, Serra "está tendo atitudes que não devia ter, de perder o respeito à sua própria trajetória". E sentenciou: "A gente não pode entrar na eleição de um jeito e sair menor do que entrou". Dentro da estratégia de não polemizar com o vice do adversário, Indio da Costa (DEM), a ex-ministra da Casa Civil centralizou suas críticas ao ex-governador de São Paulo.

Em Pernambuco, Dilma participou do segundo ato político de sua campanha com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela comentou o resultado da pesquisa Vox Populi, na qual aparece com oito pontos de margem sobre Serra (41% x 33%). "A pesquisa reflete o momento, não substitui a eleição. Acho que ela reflete esse momento, mas muitas águas vão rolar. Não posso ter uma posição de salto alto. O processo eleitoral mal começou", equilibrou-se. Na sexta, ainda não havia sido divulgada a pesquisa Datafolha, que aponta um empate técnico entre Serra e Dilma (37% x 36%).

No comício em Garanhuns, terra natal de Lula, Dilma enfrentou um fenômeno que deve rondar as próximas concentrações eleitorais: depois do discurso do presidente da República, a plateia do colégio Monsenhor Ademar da Mota Valença começou a esvaziar. E a candidata discursaria durante metade do tempo gasto pelo padrinho político, que segurou o microfone por 50 minutos. Entre os presentes, o governador de Pernambuco e candidato à reeleição, Eduardo Campos (PSB), e o escritor Ariano Suassuna, este tão aplaudido quanto Lula.
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