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Colorado, pai de Rogério Ceni diz que torcerá pelo São Paulo

Diário de Santa Maria

Em Sinop há um torcedor do Internacional com o coração desassossegado. Seu Eurides Ceni, 62 anos, é colorado de quatro costados. O problema é que seu filho estará no Beira-Rio nesta quarta-feira com a tarefa de impedir os gols do Inter. Seu Eurides é pai de Rogério Ceni, o goleiro, capitão e referência do rival São Paulo.

"Nesta situação, vou ficar do lado do meu filho. Sou muito colorado, mas filho é filho",  explicou seu Eurides por telefone.

Gaúcho de Erechim, ele seguiu a leva de colonos que ganhou o oeste do Brasil no final dos anos 60. Morou no Paraná, onde nasceu Rogério, e há duas décadas cuida de suas terras no Mato Grosso. Assiste a todos os jogos do Inter na TV, desde, é claro, que não coincida com o horário das partidas do filho.

Em 2006, seu Eurides passou pela mesma aflição. O consolo dele é que, ao menos, na noite de amanhã sentará em sua poltrona de "sangue doce". Quem vencer, será saudado. Como bom colorado, ele aproveita a situação para flautear os rivais azuis. 

"Pior do que estar nesta situação seria se eu fosse gremista, né?", provoca, antes de cair na risada.

Sobre o São Paulo, seu Eurides parece sintonizado com os torcedores paulistas. Aposta para o imprevisível e diz que, em décadas acompanhando o futebol, viu "acontecer de tudo". O coração colorado, porém, toma a dianteira quando é indagado sobre Fernandão: 

" Nós o conhecemos bem, o vimos jogar. Não é mais centroavante, joga mais recuado. Só que a direção do São Paulo o contratou achando que joga mais do que realmente joga". Na última resposta, seu Eurides deixa nítido: seu coração está desassossegado mesmo.
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