Imprimir

Notícias / Política BR

Marina terá programa de governo consolidado apenas em setembro

Valor OnLine

O PV informou hoje que tem até setembro para concluir as propostas que vão estar presentes no programa de governo do partido. Hoje, a legenda apresentou um documento ampliado em relação ao divulgado no dia 10 de junho, quando ocorreu a convenção nacional da sigla que oficializou a candidatura de Marina Silva ao Palácio do Planalto.

Segundo a candidata do PV, a ideia de agregar novas propostas foi baseada na experiência de Ségolene Royal, que concorreu à Presidência da França pelo partido socialista em 2007. De acordo com Marina, a campanha contou na nova versão com a colaboração de 180 pessoas pela internet, o que resultou em 980 sugestões e adendos de 92 colaboradores diretos.

No novo texto foram acrescentadas medidas para o turismo e a segurança pública. Além disso, as propostas para saúde, educação e cultura foram ampliadas. "A ideia é ter estratégias consolidadas até o início de setembro", disse o coordenador da campanha de Marina, João Paulo Capobianco.

A versão atualizada mantém a maioria das diretrizes apresentadas em junho, como a criação de um cadastro único dos programas sociais. Não há previsão de acabar com o Bolsa Família, mas ter uma terceira geração que possibilite aos beneficiários uma porta de saída. "Vamos manter as conquistas, corrigir os erros e enfrentar os novos desafios", declarou Marina.

A segurança pública foi um dos temas que ganhou mais destaque na nova versão. Uma das propostas prevê uma política criminal e prisional mais eficiente, com penas alternativas, justiça restaurativa para a superação de conflitos e penas de restrição da liberdade como alternativas às condenações de privação à liberdade.

Além disso, o texto defende a elaboração de um projeto para estimular a criação de planos de carreira aos servidores penitenciários e a fixação de parâmetros nacionais para o serviço prisional. Foi inserido ainda um tópico sobre a necessidade de uma política de combate às drogas e para o desarmamento.

A maior atenção dada à segurança pública, segundo Marina, atende às demandas "legítimas" apresentadas pela sociedade, sobretudo no Rio de Janeiro e São Paulo. "É impossível ter uma segurança de qualidade com esses salários pagos aos policiais, que tem que ter outro tipo de ocupação para complementar a renda", explicou.

Acompanhada do vice, Guilherme Leal, a candidata enalteceu as propostas formuladas pelos seus colaboradores e ressaltou que a falta de alianças com outros partidos não pode ser determinante para o sucesso de um governo. Segundo ela, a sociedade deve revisar seus conceitos de governabilidade.

"O que não me falta é equipe. Precisamos desmitificar aquele velho conceito que a sociedade tem de equipe. Nunca me neguei a dar posicionamento para o Fábio Feldman, mesmo quando era do PSDB. Graças a Deus existe vida além dos partidos".
Imprimir