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Inquérito aponta que Macarrão ligou ao menos dez vezes para Bola no dia em que Eliza foi morta

R7

O inquérito da Polícia Civil de Minas Gerais aponta que Macarrão ligou ao menos dez vezes para o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, no dia em que Eliza foi morta. No momento das ligações, o amigo e secretário do jogador Bruno estava na região da Pampulha, em Belo Horizonte.

De acordo com as investigações da polícia, Macarrão e o adolescente de 17 anos, primo de Bruno, deixaram o sítio do jogador em Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte, por volta das 20h30 e levaram Eliza Samudio para a casa de Bola, em Vespasiano.

O documento explica ainda como Bruno e Bola se conheceram. De acordo com a polícia, o ex-policial civil queria que o filho fizesse teste em algum time de futebol profissional e procurou Luiz Henrique Romão, o Macarrão. Ele e Bruno se encontraram em um bar no início do ano e foi quando, segundo a polícia, o crime começou a ser premeditado.

O advogado de defesa do goleiro Bruno, Ércio Quaresma, deve entrar com um pedido de liberdade para o jogador na próxima segunda-feira (2). Ele e outros seis clientes de Quaresma foram indiciados pela Polícia Civil de Minas Gerais na última quinta-feira (29) e responderão pelo sequestro, assassinato e ocultação do corpo da ex-amante do atleta.

Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão (o Macarrão), Flávio Caetano de Araújo (Flavinho), Wemerson Marques de Souza (Coxinha), Dayanne Rodriques do Carmo Souza, Elenilson Vitor da Silva, Sérgio Rosa Sales (o Camelo) e Fernanda Gomes de Castro foram indiciados por homicídio, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menores.

Já o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, responderá por homicídio qualificado, formação de quadrilha e ocultação de cadáver.

O adolescente de 17 anos, primo de Bruno, que assumiu participação no crime, ainda aguarda uma decisão da Justiça para a representação feita pelo Ministério Público de sequestro, assassinato e ocultação de cadáver.

Em coletiva de impressa na sexta-feira (30), o delegado que preside a investigação do caso, Edson Moreira afirmou que Bruno começou a planejar o assassinato de Eliza em maio deste ano. Moreira afirmou ainda que as investigações apontam que Eliza foi morta no dia 10 de junho, e não entre os dias 8 e 9 do mês passado, como a polícia havia dito anteriormente.

De acordo com Moreira, existem provas suficientes que comprovam o assassinato de Eliza, como o sangue que foi encontrado no carro de Bruno, mas que as buscas pelo corpo da jovem continuarão.
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