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Delegado diz que agulhas e prego foram introduzidas em criança
R7
O delegado Alexandre Ziehe, titular da 61ª Delegacia de Polícia, em Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, descarta que a menina de um ano e cinco meses tenha engolido duas agulhas e um prego, encontrados em seu estômago. Ele diz que alguém introduziu os objetos no corpo da criança. Os pais podem passar por acareação.
De acordo com Ziehe, a mãe da criança ainda não prestou depoimento, mas vizinhos e parentes disseram que ela mesma tomava conta da menina, que não a deixava com outras pessoas, nem mesmo com as filhas de nove e 12 anos.
- A mãe então vai ter de explicar como não viu que uma agulha de oito centímetros foi colocada na criança. Haveria sangue.
O delegado diz que não vai descartar a hipótese de o crime ter sido praticado em um tipo de ritual e vai consultar a Delegacia da Criança e do Adolescente para saber se há casos parecidos. O fato de as agulhas serem de tamanhos diferentes, diz ele, pode ser um indicativo para ajudar na investigação.
Ziehe vai consultar o prontuário da menina em um posto médico onde ela foi atendida aos dois meses, para verificar se já havia algum problema no estômago. O delegado também disse que analisa a hipótese de ouvir as duas irmãs da criança com a ajuda de um psicólogo.
- Nunca vi um caso assim. Só aquele da Bahia.
A menina deu entrada na noite de domingo (1º), com dores abdominais, no hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. Depois de uma radiografia, os médicos descobriram que a criança havia engolido duas agulhas e um prego.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o bebê passou por uma cirurgia para a retirada dos objetos e também teve retirado o seu apêndice, que estava inflamado. Ele continua internado e seu quadro de saúde é estável.
Médicos que atenderam a menina disseram que foi sorte que nem as agulhas nem o prego perfuraram qualquer órgão da criança.
50 agulhas
Um caso que chocou o país foi o do menino de dois anos, de Ibotirama (BA), que teve 50 agulhas introduzidas no corpo, em dezembro do ano passado. Uma das agulhas chegou a atravessar o pulmão.
O ex-padrasto dele confessou o crime e disse que teve a ajuda de duas mulheres. Uma delas é integrante de uma seita religiosa. Ele e as mulheres foram presos.
A criança teve alta do hospital no próprio mês de dezembro vive com a mãe.