Salvador Costa Marques, 47 anos, conhece a realidade dura de ser empresário no setor de revenda de combustíveis, mas nem por isso deixa de sentir orgulho e de comemorar as vitórias. Com um posto localizado na entrada de Poconé (a 102 km de Cuiabá), ele é o primeiro da região que apresenta aos seus clientes e órgãos fiscalizadores a Licença de Operação (LO), um dos documentos que autorizam o funcionamento do empreendimento. Conseguiu essa vitória por meio da parceria do Sindipetróleo com a engenheira sanitarista Bethsabá Marques. A LO integra a lista de exigências para se conseguir o licenciamento ambiental. Em visita à sede do Sindipetróleo, o revendedor mostrou seu entusiasmo com essa conquista e aproveitou para contar sua história de trabalho árduo. Afinal são trinta anos de atuação.

O poconeano atua no setor desde a década de 80. Conheceu o cotidiano do posto ainda na adolescência, quando começou a trabalhar com o pai, o senhor Idalécio da Costa Marques, a qual lembra com maior brilho nos olhos. “No posto, só não fui borracheiro”, diz. Recorda de um tempo em que Poconé era comparada a Serra Pelada, no sudoeste do Pará, devido à exploração de minérios. “O posto foi aberto num momento de intensa atividade garimpeira. Minha família trabalhava 24 horas. Era uma loucura”, ressaltou.

Com permissão para o trocadilho, era realmente uma época de “ouro” em relação ao volume de vendas. “Era novo, mas me lembro bem. Chegamos a vender 800 mil litros de diesel e gasolina por mês. Para se ter uma ideia da nossa correria de antes, hoje vendemos entre 50 e 60 mil litros ao mês. E naquela época ainda não existia a bomba abastecedora de álcool”, destacou.

O tempo passou e a atividade de mineração se tornou tépida. Assim como no garimpo, as exigências ambientais se fizeram cada vez maiores. “É essa preocupação ambiental e a dificuldade em atendê-la que faz o revendedor comemorar cada conquista e não quero parar por aí”, declarou Salvador. Seu Salvador tenciona aprimorar. Atualmente custeia adequações no posto, tais como reforma no piso e na fachada. Também está andamento a instalação de sistema de segurança e vigilância. Além disso, pensa em seus 14 funcionários, inclusive no sindicato buscou mais informações sobre planos de seguros e de saúde. Também estuda a possibilidade de oferecer curso de informática a eles. Outro projeto é implantar o cartão de fidelidade.

É com essa satisfação e vontade de crescer que seu Salvador exerce seu trabalho como revendedor. Conta com apoio da esposa no dia-a-dia e com a alegria de atender e de alguma maneira ajudar comunidades. È gerador de empregos e ainda é considerado um dos maiores patrocinadores de festas folclóricas locais. “Sobrevivo dentro das possibilidades, mas com contentamento. Tenho a prática e o conhecimento da vida, sei tratar meus clientes e trabalho para aumentar meus conhecimentos”, disse ele, orgulhoso.