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Embaixador brasileiro inicia negociações por pedido de asilo

G1

O embaixador brasileiro em Teerã, Antonio Salgado, abriu as negociações do Brasil para ofertar asilo para a iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, 43. Ela foi condenada à morte por apedrejamento por adultério, uma acusação que ela nega, em um caso que provocou condenação internacional.

Segundo o Itamaraty informou nesta segunda-feira (9), as sugestões já foram apresentadas pelo representante brasileiro a autoridades em Teerã.

“ Ele [embaixador] fez sugestões às autoridades em Teerã”, afirmou a assessoria de imprensa do Itamaraty na noite desta segunda-feira.

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Condenada à morte no Irã agradece oferta de Lula de asilo no Brasil Lula propõe a Irã receber no Brasil condenada a apedrejamento Lula pode ajudar a libertar condenada a apedrejamento, diz ativista iraniana Segundo o Itamaraty, não seriam repassados os detalhes do encontro do embaixador, nem com quais autoridades iranianas Salgado havia conversado a fim de evitar maiores conflitos. No último sábado (7), em Bogotá, na Colômbia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que já havia pedido ao chanceler Celso Amorim para mandar o embaixador brasileiro em Teerã comunicar a oferta brasileira de asilo.

"O ministro Celso Amorim pediu para o nosso embaixador falar com os embaixadores. Essas respostas sempre demoram”, disse o presidente Lula, ainda no sábado.

O ministro Celso Amorim pediu para o nosso embaixador falar com os embaixadores. Essas respostas sempre demoram "LulaO presidente ainda afirmou que essa questão é delicada, e que precisa levar em consideração as legislações do país.

“Essas coisas são muito delicadas, porque você tem sempre que levar em conta a legislação de cada país, a soberania de cada país. Eu fiz questão de dizer na minha fala que, como ser humano, como cristão que sou, eu não posso imaginar alguém ser morto apedrejado por traição. Eu não consigo imaginar. Por isso eu fiz o pedido, se tivesse condições de mandá-la para o Brasil, nós a receberíamos de braços abertos”, disse o presidente.

Lula ainda afirmou que acredita que a relação que construiu com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, possa ser levado em conta na hora de o país avaliar a oferta de asilo feito pelo Brasil.

“Então, eu acho que é isso, ou seja, eu construí uma relação de amizade com o presidente do Irã, acho que seria importante levar em conta. Eu, como sou contra a pena de morte em qualquer que seja a circunstância, eu sou contra, eu acho que o Estado não tem o direito de matar uma pessoa, mas de qualquer forma, existe. Então, nós temos que sempre estar apelando. É eu estou virando um apelador aí”, afirmou Lula.
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