Imprimir

Notícias / Política BR

"Não vendo o meu voto" é o mote da Campanha Eleições Limpas

Terra

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) lançou, nesta terça-feira (10), a campanha Eleições Limpas, que pretende conscientizar os eleitores sobre a importância do voto. Com o slogan 'Não vendo o meu voto' a campanha terá foco no combate à troca de voto por benefícios. A campanha tem parceria do Tribunal Superior Eleitoral.

Além do site www.amb.com.br/eleicoeslimpas2010, a divulgação também será feita através de inserções em emissoras de TV e rádio e distribuição de folders com perguntas e respostas abordando as principais dúvidas dos eleitores. O ponto alto da campanha, contudo, serão as audiências públicas programadas para serem realizadas a partir do dia 3 de setembro, em várias partes do País.

Além de combater a troca de voto por benefícios, a campanha tem ainda o objetivo de divulgar as novas normas eleitorais, como a exigência de apresentação do título de eleitor e de um documento com foto para votar, e estimular a interação dos juízes eleitorais com a sociedade. "Será o momento de o juiz deixar o cartório eleitoral e discutir com a população um pleito sem fraude, dizendo ao eleitor o que é permitido e o que não é", destacou o presidente da AMB, Mozart Valadares.

Julgamentos
A nova Lei da Ficha Limpa foi um dos assuntos mais abordados durante o lançamento da campanha, em Brasília. Questionado sobre uma possível sensação de impunidade na população, por conta do longo caminho na Justiça até que um candidato com 'ficha suja' ficasse realmente impedido de concorrer, Valadares admitiu a possibilidade.

"É possível que a sociedade tenha essa sensação de impunidade. Mas é preciso que se conscientize que o recurso judicial não é só para a classe política. Qualquer cidadão que se ache prejudicado pode recorrer a uma instância superior", afirmou.

Presente ao evento, o presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, foi questionado sobre a capacidade de os Tribunais Regionais, o TSE e até o Supremo Tribunal Eleitoral julgarem os casos rapidamente.

"A lei eleitoral estabelece que processos eleitorais têm prioridade sobre quaisquer outros processos, em qualquer tribunal do País. Mas não podemos atropelar a lei, que tem seus prazos, nem impedir que aqueles que se sentem prejudicados recorram a instâncias superiores. Esse é um direito fundamental do cidadão".
Imprimir