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Se eleita, Marina diz que não será refém de questões ambientais

G1

A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, afirmou nesta terça-feira que, se eleita, os licenciamentos ambientais, necessários para o início de obras importantes na área de infraestrutura, entrarão em regime de urgência, mas sem negligenciar os cuidados com o meio ambiente.

Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, a ex-ministra do Meio Ambiente negou que, durante sua permanência à frente do ministério, tenha havido demora para conceder licenças ambientais para obras do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo ela, na época que assumiu o cargo, o Ministério estava desestruturado, exigindo uma série de medidas para criar concursos que permitissem contratar pessoas para cargos de decisões.

"Quando a casa ficou arrumada, o número (de licenças) aumentou significativamente, de 145, do governo anterior, para 265 licenças por ano", afirmou Marina. Ela reconheceu, no entanto, que ainda é possível aperfeiçoar o sistema de licenciamento.

"Vamos fazer tudo que precisamos para o país se desenvolver, sem descuidar das coisas do meio ambiente", afirmou a candidata.

CORRUPÇÃO E ALIANÇAS

Marina explicou que sua saída do PT, partido do qual foi filiada por 24 anos, esteve mais relacionada à resistência da legenda a questões ambientais do que ao episódio do mensalão.

Ela negou que o seu suposto silêncio no caso poderia ser interpretado como conivência com os acusados de corrupção.

"Não foi conivência e também não foi silêncio. Lamentavelmente, todas as vezes que eu me pronunciava, eu não tinha ninguém para me dar audiência e potencializar a minha voz", afirmou. Ela deixou o partido em 2009 para disputar a Presidência pelo PV.

Olhando diretamente para a câmera, disse que a "corrupção é o pior câncer da sociedade" e que o seu combate é uma "luta constante".

"Ninguém pode se vangloriar de ser honesto. Para mim, ser honesto é uma condição do indivíduo. Qualquer pessoa, onde quer que esteja, tem que ser honesta", acrescentou.

Candidata que não tem apoio de nenhuma outra legenda, Marina afirmou ser o único nome capaz de ser o "ponto de união" entre partidos opositores.

Argumentou que seus principais rivais ao Planalto, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), são reféns dos compromissos que firmaram nas eleições.

"(Dilma e Serra) já estão tão comprometidos com as alianças que fizeram que eles só podem repetir mais do mesmo", declarou.
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