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Marina diz que redução do gasto público é fundamental para o País

Terra

A candidata à presidência da República pelo PV, Marina Silva, enfatizou a redução do gasto público como fundamental para melhor alavancar negócios no Brasil. "Quanto mais somos eficientes em relação ao gasto público, em relação a criar as condições objetivas para que os negócios possam acontecer no Brasil, mais favoreceremos a nossa economia e a geração de emprego e renda", afirmou a candidata nesta quarta-feira (11) durante almoço com empresários da Câmara Americana de Comércio (Amcham).

Marina voltou a defender a importância da reforma tributária e criticou o fato de ela não ter sido realizada pelos governos anteriores. "Trabalhamos com a lógica de que em um País como o nosso vamos precisar fazer a reforma tributária. Temos que olhar para os problemas em relação à previdência e vamos ter que olhar para o problema em relação aos investimentos necessários para que o País possa crescer. Queremos que o processo de tributação ganhe transparência (...) todo mundo se compromete com a reforma tributária, depois fazem a reforma do compromisso", disse.

No almoço, estavam com Marina o seu candidato a vice, Guilherme Leal, o candidato ao Senado pelo PV em São Paulo, Ricardo Young, o ex-presidente do Citibank e auxiliador na arrecadação da campanha, Álvaro de Souza. Além deles, participaram do encontro Álvaro Novis, diretor de finanças da Odebrecht, Eduardo Wanick, presidente da DuPont, e Luiz Gabriel Rico, CEO da Amcham.

Durante o discurso, dirigido à plateia de empreendedores, Marina afirmou que o desafio colocado a uma candidatura deve ser proporcional à capacidade do País. "Se o Brasil não foi capaz de acelerar a criação de seu processo de excelência, nós não vamos fazer jus ao imenso desafio que se coloca para nós", afirmou.

A ex-ministra do meio ambiente ainda comparou o problema do excesso de gastos públicos ao excesso de peso em um corpo humano. "Não é regra você imaginar que um Estado tenha que cuidar da sua obesidade, mas está tendo que cuidar", disse ao lembrar da ampliação das contas públicas.

Sobre sua possível gestão, ela afirmou que pretende buscar bons exemplos tanto no setor público quanto no privado, para transformá-los em políticas públicas. "Não existe um salvador da pátria, não existe um messias (...) se Juscelino fez o esforço da indústria do Brasil, temos que fazer um esforço para a educação que o Brasil precisa".

Mensalão
Marina foi entrevistada nesta terça-feira (10) pelo Jornal Nacional, na Rede Globo, e, entre os assuntos abordados, surgiu o mensalão do PT, deflagrado em 2005. Questionada se trazer o tema à tona não era uma tentativa de fazê-la falar mal do presidente Lula, ou do antigo partido, a candidata afirmou que não fará discursos de conveniência. "Obviamente que me sinto instada a ser coerente com minha ética e não fazer discurso de conveniência. Acho que as pessoas oportunizam isso, a fazer política sem discurso de conveniência, a não falar qualquer coisa só porque é candidato e porque vê nisso a chance, quem sabe, de fazer factoide ou ganhar ali um ponto".

Antes do almoço, Marina, Leal e Álvaro de Souza tiveram um encontro com dirigentes da Amcham. Entre os temas, trataram de infraestrutura, desenvolvimento, educação e Estado. Segundo Marina, tudo foi dito "com aquela coerência de dizer sempre em público aquilo que se pode gritar dos telhados".
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