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Defensoria Pública da União no Rio quer recuperar antigo prédio do Museu do Índio

ABr

A Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro recebeu hoje (12) cópias de documentos sobre o estado de degradação do prédio usado como antiga sede do Museu do Índio, no bairro do Maracanã, na zona norte do Rio de Janeiro.

Segundo o defensor André Ordacgy, titular do Ofício de Direitos Humanos e Tutela Coletiva da defensoria, os documentos servirão de reforço para recuperação do prédio. “Vamos pedir ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para que seja providenciado o tombamento dessa propriedade, evitando, com isso, a especulação imobiliária e recuperando o prédio.

Segundo Ordacgy, a Defensoria Pública da União vai marcar uma reunião com representantes do Ministério da Agricultura, órgão que hoje detém a titularidade do terreno. “Vamos discutir projetos que podem ser encampados ali para valorização da cultura indígena”.

O prédio foi cercado por algumas construções precárias feitas pelos próprios índios que se revezam no local para evitar a invasão do imóvel por sem-tetos. De acordo com o índio Garapirá Pataxó, que está há quatro anos no local, as equipes são formadas por várias etnias. Atualmente, 16 pessoas de aldeias Guajajara, Pataxó, Guarani e Apurinã, estão morando na área.

“A intenção da gente não é criar moradia aqui. Todos os índios que estão aqui têm aldeias. O intuito da gente é ocupar isso aqui para que o Poder Público restaure isso aqui e crie um centro cultural para que as 240 etnias fiquem passando por aqui e mostrando sua cultura para a sociedade. Um prédio desse que já foi indígena, hoje dá uma tristeza ver abandonado”, lamentou Guarapirá.
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