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Segundo Inpe, MT tem mais de 4,2 mil focos de incêndio

De Brasília - Vinícius Tavares

Além das chamas que atingem o município de Marcelândia, Mato Grosso possui outros 4.283 focos de queimadas segundo informações captadas pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta quinta-feira. No Brasil, há 13.823 incêndios em florestas e áreas urbanas. A maioria está concentrada nas regiões Norte e Centro-Oeste. A estiagem e a baixa umidade relativa do ar aumentam o risco de incêndios.

No Acre, que está em estado de alerta ambiental desde a última segunda-feira, o número de focos de queimadas caiu de 246 para 14. No Pará, são 3.836 focos de calor em todo o estado. O Tocantins tem 1.434 focos, o Maranhão, 609, a Bahia, 598, e Rondônia, 539. Em Goiás e no Distrito Federal, onde a umidade relativa do ar está abaixo dos 25%, o Inpe registra 644 e 27 focos de queimadas, respectivamente.

De acordo com o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), a umidade relativa do ar continuará baixa nesta sexta-feira em todo o Centro Oeste, em Tocantins, no sul do Piauí, na parte sul da Região Norte, e no oeste da Bahia e de Minas Gerais.

Na última terça-feira, o Distrito Federal chegou a registrar umidade relativa do ar de 7%, de acordo com medições da Climatempo, empresa privada de meteorologia, e do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) do Inpe.

O índice caracteriza estado de alerta máximo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No mesmo período, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou outro índice, de 16%.

De acordo com o meteorologista da Climatempo André Madeira, as temperaturas no DF se destacam, mas em Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além dos municípios do interior de São Paulo e do oeste da Bahia também têm sofrido com a baixa umidade do ar durante a tarde. Segundo ele, os índices devem se manter baixos nos próximos dois dias.

A OMS classifica os dias com umidade relativa do ar inferior a 30% como estado de atenção; de 20% a 12%, estado de alerta; e abaixo de 12%, alerta máximo. Quando chega aos 20%, a população começa a sofrer com dificuldades respiratórias e secura na garganta, nariz, olhos e pele. Hoje, a Defesa Civil do Distrito Federal emitiu boletim de alerta indicando medidas preventivas para evitar problemas de saúde.

Evitar ar condicionado ou, pelo menos, programar temperaturas mais amenas; priorizar o consumo de verduras e legumes, deixando de lado alimentos gordurosos e com muito sal e não realizar atividades físicas entre as 9h e 17h e usar roupas leves. Estas são as principais recomendações dos especialistas para encarar os dias de baixa umidade relativa do ar.
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