Durante sua passagem pela capital mineira nesta sexta-feira (13), a presidenciável Marina Silva (PV) afirmou que o Brasil perdeu a oportunidade de difundir uma cultura de paz nos casos de Cuba e do Irã. O comentário foi uma referência à atual política externa em relação aos Direitos Humanos praticada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A senadora ponderou, no entanto, que a política externa avançou sob o comando do atual governo, do qual ela fez parte como ministra do Meio Ambiente. Marina lembrou do "protagonismo" do Brasil no G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), por exemplo, e afirmou que a política externa adotada não é "de todo equivocada".

A postura do Brasil e principalmente do presidente Lula em relação a questões polêmicas de outros países tem sido alvo de críticas permanentes da oposição. O caso do Irã, em que Lula não tomou postura de condenar abertamente o apedrejamento de uma mulher iraniana, deu munição à oposição para disparar contra o presidente. Já em relação a Cuba, também citado por Marina, a polêmica gira em torno da manutenção de presos políticos no país e a falta de abertura do regime dos irmãos Castro.

Na tática do bate-assopra, a senadora evitou criticar os baixos números alcançados até agora pelos programas do governo federal como "Minha Casa, minha vida" e o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). "Vou manter o PAC dando a ele uma boa gestão. Já os projetos habitacionais precisam ser acrescidos de qualidade de vida. Não é só dar a casa e pronto". Ela ainda voltou a defender a manutenção do programa Bolsa Família, mas com aperfeiçoamentos.