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'Para ganhar eleição, não é pesquisa que importa', diz Dilma

G1

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou neste sábado (14) que as pesquisas de opinião mostram que sua campanha “está indo bem”, mas disse que não vai se deixar levar pelo “salto alto”. Nesta sexta-feira (13), pesquisa Datafolha mostrou Dilma oito pontos percentuais à frente de José Serra (PSDB) na corrida presidencial –41% a 33%.

“A pior coisa que pode acontecer numa campanha é o salto alto, porque o salto alto combina duas coisas: a autossuficiência e a soberba. Dois grandes inimigos de qualquer ser humano em qualquer atividade”, declarou. “Acho que nós não vamos correr esse risco, porque eu estou muito consciente disso.”

"Dilma Rousseff, candidata do PT à PresidênciaDilma voltou a citar sua ligação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A eleição é dia 3 de outubro. É lá que de fato o povo faz a sua manifestação democrática. Para a gente ganhar eleição não é pesquisa que importa. Sabe o que importa? É a gente se esforçar ao máximo para comunicar o programa que nós desenvolvemos de continuidade e de aprofundamento do governo Lula”, afirmou a ex-ministra-chefe da Casa Civil.

A candidata do PT reservou a tarde deste sábado para gravações de programas eleitorais em um estúdio, em Brasília.

O cenário reproduzia uma sala, com mesa de estudos, estantes com livros e foi classificado pela candidata como um cômodo de uma casa da “nova classe média” brasileira.


Habitação
Dilma Rousseff falou sobre as realizações do principal programa do governo Lula para a habitação, o “Minha Casa, Minha Vida”, que prevê a construção de 2 milhões residências até o final de 2011.

Segundo ela, a segunda etapa do programa deve alcançar até o final de 2011 a marca de R$ 71 bilhões em investimentos e todos os imóveis adquiridos por pessoas com renda de até três salários mínimos terão aquecimento solar.

A candidata afirmou ainda que estuda ampliar o orçamento do “Minha Casa, Minha Vida” para financiar também a compra de eletrodomésticos e móveis básicos, caso venha a ser eleita.

Ditadura
Questionada sobre a reportagem publicada na edição desta semana da revista “Época”, que fala sobre sua atuação na luta contra a ditadura, a candidata afirmou que não teme que o assunto seja usado pela oposição para atacá-la.

Dilma lembrou que foi torturada por 22 dias e voltou a negar que tenha participado de ação armada. “Tenho muito orgulho de ter lutado contra a ditadura do primeiro ao último dia. Os que lutaram contra a ditadura são pessoas que tiveram a generosidade de enfrentar inclusive a morte. Eu não participei de ação armada, sequer fui julgada por isso, nem condenada”, disse.
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