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Mercadante culpa a imprensa por segundo lugar nas pesquisas

Terra

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante (PT), culpou a imprensa pelo segundo lugar que ocupa nas últimas pesquisas de intenção de voto na corrida ao Palácio dos Bandeirantes. "Todo dia tem matéria da campanha presidencial. A imprensa tem certo silêncio sobre a eleição em São Paulo", respondeu o petista ao questionamento feito pela jornalista Mônica Bergamo que comparava as campanhas de Mercadante e Dilma Rousseff (PT), candidata do mesmo partido que aparece à frente na disputa presidencial.

Para Mercadante, o início do horário eleitoral e a presença de Lula em seus comícios irão impulsionar sua campanha. "A campanha não aconteceu para a maioria da população", disse o candidato que aproveitou a resposta para criticar mais uma vez os 16 anos de governo do PSDB no Estado. "Eles tiveram todo o tempo para fazer e não fizeram", afirmou.

O candidato do PP, Celso Russomanno, foi questionado pelo jornalista Rodrigo Flores sobre sua "afinidade" com Mercadante durante o debate, já que ambos focaram suas críticas no tucano Geraldo Alckmin. "Não existe isso", afirmou. Russomanno aproveitou para dizer que o ônus do governo é o serviço público que classificou como "de péssima qualidade". "Eu vou fiscalizar. Celso Russomanno é o governador das ruas", disse.

Questionado pelo jornalista Josias de Souza sobre a investigação do caso de propina envolvendo a empresa Alston - que participou da construção da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metro) -, se a Assembleia Legislativa deveria começar a se ocupar do tema, Geraldo Alckmin respondeu que a Assembleia se trata de outro poder.

O candidato explicou que "a Alston ganhou por licitação pública, participou e ganhou a licitação". "E se alguém comentou algum deslize, tem que ser apurado". Alckmin aproveitou o tema para falar sobre o que considera "aspecto principal de sua vida pública". "Essa é a minha marca, comecei a vida pública com 19 anos e se você for fazer política tem que ter dedicação", disse.

Mercadante encerrou sua participação no debate chamando atenção para "a falta de compromisso do governo em relação à educação" e pediu aos internautas a mesma chance dada a Lula, quando foi eleito presidente. "Se vocês derem a mesma chance que deram ao Lula, terão o governador da educação", concluiu.

Nas considerações finais, Alckmin focou seu discurso no "jovem internauta" e aproveitou o espaço para pedir votos também para o companheiro José Serra. "Vamos trabalhar juntos, o futuro começa hoje e ele se chama juventude", disse.

Já Russomano aproveitou seu tempo para lembrar o eleitor sobre sua experiência como político e repórter. "Eu sou uma pessoa que anda na rua, que sabe, que sente, que tem a sensibilidade. Continuo fazendo reportagens, mesmo como deputado para que você se sinta protegido, porque nada funciona. Me diga um serviço público de qualidade?", questionou.

O debate entre os candidatos ao governo de São Paulo foi promovido pelo jornal Folha de S. Paulo nesta terça-feira (17).
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