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‘Ninguém vai me inibir com esse tipo de ação’, diz desembargador

G1

O desembargador Luiz Antônio Araújo Mendonça, presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Sergipe, que sofreu um atentado nesta quarta-feira (18), e reagiu, falou ao Jornal da Globo. No hospital onde está internado, Ele lembrou do momento em que foi atacado em Aracaju, e disse que não será intimidado pela ação criminosa.

Repórter - O senhor chegou a ver as pessoas que cometeram esse atentado?

Mendonça - “Não. Mas gostaria de ter visto e de conhecê-los. Um dia poderi conhecê-los”.

Repórter - Estavam todos encapuzados?

Mendonça - “Com certeza”

Mais de 30 tiros
O presidente do TRE-SE ia para o trabalho em um carro do TRE, com o motorista, que é policial militar. Depois de percorrerem 1 km, eles foram atacados por três homens que dispararam mais de 30 tiros. O atentado ocorreu às 9h30, numa das avenidas mais movimentadas de Aracaju.

Os tiros também atingiram outros carros. O motorista do desembargador foi baleado na cabeça, e ainda permanece hospitalizado em estado grave.

A mulher do desembargador estava num carro logo à frente. “O meu carro estava na frente. Quando ouvi os estampidos, barulho muito grande, me voltei e vi o carro com o parabrisa destruído”, disse Cristina Mendonça.

Reação
O presidente do TRE-SE chegou a reagir, usando a arma do motorista. “Eu reagi porque se não eles teriam me matado. Quando se deslocaram para ultimar aquela ação deles, eu tinha que dar uma resposta. E na resposta eles correram. O que demonstra que eles são covardes”.

Como promotor de Justiça, Luiz Mendonca atuou em casos polêmicos. Ele também foi secretário de Segurança Pública do estado.

“Ninguém vai me inibir com esse tipo de ação. Vai sentir-se, ao contrário, cada vez mais acorvadado”, afirmou.

Segurança de desembargadores e juízes eleitorais
Mais cedo, Mendonça recebeu a visita do presidente do Tribuna Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandovski, que pediu rigor e celeridade nas investigações. Ele disse que este é um fato isolado e não deve interferir no processo eleitoral, mas vai reforçar a segurança dos desembargadores e dos juízes eleitorais.
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